quarta-feira, 9 de julho de 2014

Vexame de 7 a 1 para a Alemanha faz Dilma repensar começo de campanha



A humilhante derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha, nesta terça-feira (8), pela semifinal da Copa do Mundo, frustrou parte dos planos eleitorais da presidente Dilma Rousseff. Sua ideia era transformar o evento esportivo num de seus principais ativos na campanha pela reeleição, que começou oficialmente no último domingo, dia 6. Não será exatamente assim. Pior ainda para o PT: a maneira como se deu o fracasso brasileiro, com a goleada de 7 a 1 dos alemães sobre um atônico time verde-amarelo, pode alterar drasticamente o humor do país em relação à Copa.
Após ter sido insultada por parte da torcida presente à partida de abertura da Copa, no dia 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, Dilma conseguiu virar o jogo da opinião pública. Calou a oposição, que criticava os erros, os gastos e os atrasos do governo na realização do evento – essa é a avaliação do Planalto, conforme relatou  um ministro da presidenta Dilma e um deputado com trânsito livre no Palácio do Planalto. Nem a contusão de Neymar, que o tirou do restante do Mundial, chegou a desanimar o governo federal. Nos últimos dias, a presidente Dilma tentou capitalizar o sucesso do torneio nas redes sociais. Chegou a postar uma foto imitando o gesto batizado pelo jogador do Barcelona de "É tóis" (formando um T com os dois braços). Também enviou uma mensagem de apoio ao lesionado: "Tenho ctz q @NeymarJr estará de volta + rápido do q se imagina p/ encher os brasileiros de alegria. #ForçaNeymar", escreveu Dilma no Twitter.
Os governistas dizem acreditar ser possível que, mesmo sem o Brasil na final, Dilma se saia bem do turbilhão político que envolveu a Copa de 2014. Conforme a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, Dilma ganhou fôlego ao longo de junho, mês da primeira fase da Copa. Segundo o levantamento, ela conta com 38% das intenções de voto – na primeira semana de junho, tinha 34%. Ainda de acordo com o Datafolha, Aécio Neves (PSDB) oscilou de 19% para 20%, seguido por Eduardo Campos (PSB) com 9%. Motivada por esses bons resultados, na última segunda-feira (7), a presidente confirmou, em conversa com internautas, aquilo que o ministro Aldo Rebelo (Esportes) e a Fifa já haviam anunciado: ela estará no Maracanã no domingo (dia 13), na final da Copa, para entregar o troféu ao time campeão. Sua equipe, no entanto, ainda não informou se a presidente comparecerá ou não à disputa do terceiro lugar, sábado, em Brasília, quando a Seleção Brasileira enfrentará o perdedor de Argentina e Holanda.

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