Mantendo a postura intransigente das rodadas anteriores, a diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF) voltou a recusar as reivindicações mais importantes, na quinta rodada, que aconteceu na última quarta-feira (24/9). Na avaliação do representante do Rio de Janeiro no Comando Nacional, que participou das negociações, Ricardo Maggi, do jeito que a empresa vem se comportando a greve dos empregados será longa.
"É necessário que o funcionalismo se mobilize e organize uma greve forte para mudar a postura da Caixa. As respostas às nossas reivindicações não atendem nem de longe às reivindicações apresentadas", acrescentou. Na negociação, os representantes da empresa disseram que será seguido o reajuste salarial da Convenção Nacional dos Bancários a ser assinado com a Fenaban. Mas negaram a reivindicação de que o reajuste do piso nacional bancário, com valor maior que os dos demais salários, corrija o piso do Plano de Cargos e Salários da Caixa, e, com isto, as demais faixas do PCS. Para Maggi, a Caixa mostrou má vontade na aplicação do índice no piso da carreira. "O reflexo financeiro seria extremamente pequeno para a empresa, mas representaria um ganho importante para os empregados", avaliou.
Não para a isonomia
A empresa não garantiu a chamada PLR Social (4% do lucro líquido), paga além da participação nos lucros da Convenção Coletiva. Alegou depender do posicionamento dos "órgãos de controle federais", como o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest). "Protestamos, lembrando que a PLR Social é um direito que já vem sendo cumprido há três campanhas salariais, não podendo ser retirado. É um direito e, por isto mesmo, não abrimos mão", afirmou Maggi.
Os representantes da Caixa voltaram a negar a reivindicação da isonomia. Para o sindicalista, esta posição é lamentável. "De resto, a proposta é extremamente tímida e não contempla a base. É preciso que a empresa avance consideravelmente na sua proposta se quiser evitar uma greve longa", frisou. Não foi marcada nova rodada de negociação.
Nas anteriores, a Caixa não apresentou nenhuma proposta às reivindicações dos empregados para as questões relacionadas à carreira, jornada de trabalho, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e organização do movimento. "Inviável" foi a resposta a todos os itens apresentados pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. As reuniões com o banco estão ocorrendo concomitante às negociações com a Fenaban.
A única proposta que significou algum avanço foi a que cria fóruns para discutir regionalmente, a solução para problemas relativos a condições de trabalho. Isto significa que os sindicatos poderão tratar destas questões e resolvê-las, dando mais agilidade às negociações.
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