Antecipar a negociação em dois dias para apenas ratificar a proposta dos 7% de reajuste salarial da Fenaban e acenar com a realização de cursinhos sobre assédio moral e sexual soou como conversa para boi dormir.
As medidas com as quais o banco acenou na negociação de quarta-feira (24), que estava marcada para sexta (26), para tratar de assuntos específicos, até poderiam ser encaminhadas mediante iniciativas administrativas, sem necessariamente passar por um processo de negociação da campanha salarial.
Senão vejamos: o banco disse que vai bloquear até dezembro deste ano todos os sistemas fora do ponto. Também promete disponibilizar o vale transporte em dinheiro. E ainda, incluir um curso contra assédio moral e sexual no programa de treinamento de gestores. Essas iniciativas bem que poderiam ser tomadas de uma penada burocrática.
Entretanto, a diretoria do BB não quis abordar assuntos da pauta que tratam dos danos das mudanças na plataforma de suporte operacional (PSO), que criam aberrações como o caixa flutuante. Também não se dignou a tratar da negociação das reestruturações.
Na avaliação do diretor da Federação dos Trabalhadores do Ramos Financeiro dos Estados do RJ/ES (Fetraf/RJ/ES) e integrante da Comissão de Empresa (CEBB), Sérgio Farias, esses itens em nada avançaram. "Só a mobilização poderá trazer os avanços que queremos", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário