quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Sema nega possibilidade de lama da Samarco chegar às praias da Região Sul da Bahia


Litoral do centro de Ilhéus
Foz do Rio Doce no litoral do Espirito Santo 

A secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) afirmou que é “quase impossível” que a lama da Samarco – oriunda do estouro de duas barragens no estado de Minas Gerais – chegue ao litoral de Ilhéus e Itacaré.

A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, na cidade de Mariana, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro, chegou ao litoral do Espírito Santo, no sábado, 21, tem chance praticamente nula de chegar à Bahia. A informação é do coordenador de monitoramento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), Eduardo Topázio.
Na segunda-feira, 23, imagens do mar de Alcobaça em tom amorronzado circularam pelas redes sociais associadas a uma suposta chegada da lama a região.
"A distância entre o estuário (ambiente aquático onde acontece a mistura entre o rio e o mar) do Rio Doce e estes outros locais é enorme, demoraria muito a chegar aqui, levando em consideração a dinâmica do mar. A tendência das correntes, nesta época do ano, é ir para o sul, e a Bahia está ao norte da foz do Rio Doce", explicou por meio de nota.
A avaliação de Topázio é que é extremamente remota a possibilidade da lama chegar ao litoral sul da Bahia, principalmente nas praias de Ilhéus, Itacaré, Alcobaça e Abrolhos. "Devem ser consideradas todas as condições climáticas da região, no deslocamento da lama. Na ocorrência de chuvas é natural que apareçam manchas marrons no mar, o que pode levar as pessoas fazerem confusão com os rejeitos de minério" finalizou Topázio.
O Inema, através de sua equipe técnica, está monitorando a região e acompanhando as ações dos órgãos federais competentes, uma vez que o Parque Nacional Marinho de Abrolhos é de controle da União.

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