quinta-feira, 14 de julho de 2016

Restaurante da Uesc é interditado


O restaurante da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), no município de Ilhéus, região sul da Bahia, foi interditado por tempo indeterminado pelas Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, na tarde desta quarta-feira (13), após estudantes da instituição de ensino relatarem mal-estar provocado depois de consumirem alimentos no estabelecimento.
De acordo com as queixas de alguns alunos, sintomas como enjoo, vômito e diarreia, foram sentidos pelas pessoas que almoçaram no restaurante na terça-feira (12). A estudante Laiz Cruz foi uma das atingidas pelo problema. Ela contou que passou mal logo depois da refeição.
"Eu não costumo comer a panqueca nos dias que eu almoço lá [no restaurante da Uesc] e ontem eu só comi panqueca de frango.
Outra estudante da universidade chegou a publicar nas redes sociais que também teve mal-estar depois de comer no estabelecimento. Em pouco tempo, cerca de 160 pessoas comentaram a postagem e a maioria delas afirmou ter se sentido mal depois de comer no mesmo local.
A estudante Taiane Teles que come no restaurante universitário todos os dias, disse que na terça-feira comeu panqueca, feijão tropeiro, arroz e tomou um suco de frutas mas, assim como outros colegas, não se sentiu bem à noite. "Senti diarreia e forte dor estomacal. Passei a noite inteira assim [com dores] e só melhorei pela manhã quando me mediquei", relatou.
Apesar da situação dos estudantes, o restaurante universitário funcionou normalmente no horário do almoço desta quarta-feira. A nutricionista Gérsika Barreto, responsável pelas refeições, disse que ficou surpresa com o relato dos estudantes porque, segundo ela, a manipulação dos alimentos é bem rigorosa.
"Os funcionários, os colaboradores, são treinados e capacitados, para ter o contato mínimo com o alimento preparado. Esses alimentos vão para o processo de cocção, atingem as temperaturas adequadas e o processo de higienização dos alimentos no preparo sempre é feita de maneira adequada", explicou Gérsika.
A nutricionista ainda informou que acionou a Vigilância Sanitária. "As coletas das amostras de todas as refeições são realizadas. Esse é um procedimento que a legislação já exige. É um procedimento da empresa fazer as coletas das amostras e a Vigilância Sanitária vem captar essas coletas para levar para uma análise", disse.
Os agentes dos órgãos de controle passaram a tarde no restaurante e coletaram amostras do almoço e do jantar da terça-feira, juntamente com o que foi servido no almoço desta quarta-feira.
As amostras serão enviadas para o Laboratório Central, em Salvador, e a previsão é de que o resultado saia em 15 dias. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o restaurante já tinha sido notificado algumas vezes por conta de irregularidades estruturais, mas os problemas não foram resolvidos.
O órgão informou ainda que cerca de 914 estudantes, 8 visitantes e 18 funcionários almoçaram no estabelecimento na terça-feira. A orientação é que todos compareçam ao refeitório, às 14h da quinta-feira (14), para que seja identificado o número de pessoas que exatamente ficaram doentes, os sintomas em comum, e qual o alimento fez mal.

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