As Estimativas
de População dos municípíos, divulgadas hoje pelo IBGE, mostram que
quase um quarto dos 5.570 municípios brasileiros (1.378 municípios) tiveram
redução populacional. Entre eles Ilhéus que, continua perdendo habitantes,
desta vez 1.869 em apenas um ano. Já o vizinho Itabuna ganhou 660. Também perderam
habitantes Canavieiras, Pau Brasil, Una e Uruçuca. Além disso, em mais da metade deles (2.986), as taxas de
crescimento populacional foram inferiores a 1%, e em apenas 258 municípios
(4,6% do total) o aumento foi igual ou superior a 2%.
A redução populacional concentra-se, principalmente, no
grupo de municípios com até 20 mil habitantes (32,5% ou 1.236 municípios). Por outro
lado, aqueles com mais de 100 mil a um milhão de habitantes tiveram a maior
proporção de municípios com crescimento acima de 1% (45,5% ou 133). Dez dos 17
municípios com mais de um milhão de habitantes tiveram taxas de crescimento
entre 0,5% e 1% ao ano. A diminuição de habitantes ocorre com mais frequência
na região Sul, enquanto no Norte e o Centro-Oeste estão as maiores proporções
de municípios com taxas de crescimento acima de 1%.
Embora a população do país tenha crescido cerca de 1,6 milhão de pessoas
entre 2016 e 2017, passando de 206,1 milhões para 207,7 milhões, a taxa de
crescimento populacional (0,77%) vem desacelerando, nos últimos anos, em razão
principalmente da queda na taxa de fecundidade. Com isso, a projeção
demográfica estima que daqui a 26 anos (entre 2042 e 2043), a população vai
atingir seu limite máximo (228,4 milhões), e passará a decrescer nos anos
seguintes.
Segundo a gerente de Estimativas e Projeção de População do
IBGE, Izabel Marri, os resultados do cálculo das estimativas mostram a
reorganização da população no território. “ Há uma tendência de deslocamento
das pessoas que moram em pequenos municípios para cidades maiores em busca de
melhores condições de vida e melhor acesso à educação e ao emprego”, explicou.
A estimativa populacional dos municípios é calculada
a partir das Projeção
de populaçãodos estados, que leva em conta as taxas de fecundidade,
mortalidade e migração, acrescida da tendência de crescimento populacional,
verificada pelos Censos Demográficos 2000 e 2010. Para 2017, a projeção
mostra que a taxa de fecundidade era de 1,67 filho por mulher, a taxa bruta de
mortalidade era de 6,15 mortes por mil habitantes e o saldo migratório (pessoas
que entraram menos as que saíram do país) foi de 8.304 pessoas.
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