domingo, 27 de agosto de 2017

Ilhéus: a qualidade dos nossos políticos é o extrato da qualidade dos seus eleitores

A informação sobre o fechamento do Aeroporto de Ilhéus- Jorge Amado, a blindagem para que novas empresas não passem a explorar o Moinho de Trigo, o esforço para o não asfaltamento da rodovia BR 251 (trecho Ilhéus-Buerarema), a invenção da construção de uma pista entre Ilhéus e Itabuna pela margem oposta do Rio Cachoeira ao invés da simples duplicação da Rodovia Jorge Amado, bem como não levar em consideração a construção de um semi-anel rodoviário ligando o Distrito Industrial, na zona norte, ao Cururupe, na zona sul, passando pelo Banco da Vitória e Santo Antonio, revelam que a cidade de Ilhéus assim como toda Região Grapiúna não tem lideranças mas sim locupletadores de cargos públicos, sem nenhuma vocação para o serviço de agentes públicos.
A autoridade da declaração do diretor da Secretaria Nacional de Aviação Civil Ronei Glanzmann, no episódio da delegação do Aeroporto Jorge Amado da Infraero, para o Estado da Bahia, semana passada: “quando houver fechamento do aeroporto de Ilhéus, os passageiros não terão mais o transtorno de pousar em Salvador e fazer o deslocamento de mais de 400 quilômetros por rodovia até a região. A proposta é que os viajantes possam utilizar o Aeroporto de Una que fica mais próximo,” encontra respaldo na insciência coletiva desta terra.
O que escrevo encontra lastro no estrondoso silêncio das lideranças sobre o assunto que foi omitido nas meterias distribuídas pelos governos do estado e do município e publicado neste blog e em manchete principal do Diário de Ilhéus. Calaram-se porque não sabiam do fato, porque não sabem o que fazer, porque não tem nada a dizer e, ou a fazer.
O governador, em sua risonha correria, não deve interferir, até porque não é conveniente. Conveniente é, isso sim, atender aos empresários donos do aeroporto de Comandatuba no hotel Transamérica, que serão amplamente beneficiados.
O que assisto é um amotinamento de consciências numa sociedade autofágica, que por destruir a si mesma é incapaz do levante para preservar a sua subsistência. Esse comportamento do ilheense e do povo grapiúna, em geral, renova-se a cada eleição. É triste ver o comportamento egoísta e individualístico, em vésperas de eleições ou reeleições para discutir esse ou aquele projeto, sempre vazios e com objetivos grassos.
É assustador o silencio “de sorrisos” do prefeito Mário Alexandre e dos seus assessores assim como a cumplicidade plasmática dos deputados estaduais a exemplo de Ângela Souza, mãe do alcaide local, Pedro Tavares, bisneto do coronal Misael Tavares, Eduardo Salles e outros que foram votados aqui.
Ilhéus não pode reclamar de nenhum deles. A qualidade dos nossos políticos é o extrato da qualidade dos seus eleitores. Portanto, no caso em voga, se vão o anéis e os dedos.

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