Incêndio destrói oficina consome oito carros: Se não existiram vitimas fatais, ficaram as vitimas morais

Oito carros destruídos, um cão pibull carbonizado, um carro de cachorro quente e vários equipamentos foram totalmente queimados além do pânico generalizado entre os moradores da invasão da Rua do Mosquito, no incêndio ocorrido na noite de domingo (20), numa oficina mecânica e borracharia situada em frente ao Terminal Rodoviário, no inicio da Av. Itabuna, em Ilhéus.
Segundo informações o incêndio teria começado a partir de um grupo queimavam fios para retirar o cobre nas proximidades das paredes de tábua do estabelecimento. Conforme informações dos vizinhos, o proprietário da oficina, ao tomar conhecimento do sinistro, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). 
A oficina fica em uma ocupação irregular numa área de mangue nas imediações da ponte sobre o Rio Fundão, na zona oeste da cidade. Além das residências construídas com tábuas, cobertas com plásticos e lonas, existem no local varias estabelecimentos similares. No local uma combinação de madeira, pneus, instalações elétricas precárias e cilindros de gás gerou varias explosões em meio as chamas que não se propagaram pelos casebres da localidade, graças a ação dos bombeiros e dos moradores.
Se não existiram vitimas fatais, ficaram as vitimas morais
O incêndio ocorrido na Rua do Mosquito, próximo ao Terminal Rodoviário de Ilhéus, na noite do último domingo, dia 20, não gerou vítimas fatais, mas ficou a constatação de que o fazer público dos gestores desta cidade não está preocupado com o capital humano que, senão pagadores, geradores de impostos e assim, portanto, mantenedores da coisa pública. 
Aqui o poder público é parceiro da desgraça, mesmo quanto anunciada. Este, e os governos anteriores são negligentes. A ocupação irregular, tanto por parte dos que lá estão como pelos poderes públicos que não agem.
É uma ocupação irregular sim. As casas e os estabelecimentos comerciais similares estão instalados numa área de mangue e sobre a tubulação condutora do esgoto sanitário para a Estação de Tratamento da Embasa. Explosivo, mas conveniente. 
Conveniente para qualquer gestão omissa. Não é preciso remover ninguém, não é preciso solicitar interveniência da Justiça, Não precisa se indispor quanto aos votos passados e futuros.
Por acaso a Prefeitura não dispõe de um setor posturas para fiscalizar e atuar, a luz do seu Código de Posturas? Por acaso a Prefeitura não dispõe de uma Secretaria ou Departamento do Meio Ambiente para autorizar ou não funcionamento de tais estabelecimentos? Se os estabelecimentos situados naquela localidade são clandestinos, o que e como os automóveis da frota municipal fazem sendo reparados em tais pontos? 
A omissão é maior porque existe uma comunidade. Ao que parece esse povo, essa ocupação está invisível, aos gestores municipais a promotoria competente do Ministério Publico, atualmente calado sobre o fato. Cabe lembrar que nos últimos cinco anos, Ilhéus recebeu mais de cinco mil moradias populares do programa Minha Casa, Minha Vida e, mesmo assim, não conseguiu acabar com a presença de pessoas morando dentro de um manguezal, sob os olhos das autoridades.
A ocupação já deveria ter sido extinta. É alto o grau de periculosidade para os habitantes, adultos, crianças, idosos, gestantes etc. Nesse caso preciso relembrar que a desgraça preserva votos. Essa pode ser a razão para que nenhum governo enfrente a situação. Vamos esperar outro incêndio, vamos aguardar uma tragédia maior. Aliás, a tragédia sempre esteve claramente anunciada.
Só para registrar: Os votantes da invasão da Rua do Mosquito e de outras invasões espalhadas por uma cidade sem governo além de estatísticas para os cultos das igrejas, para os cadastros da Secretaria de Serviço Social são gente.



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