quinta-feira, 21 de junho de 2018

Pastora presa por omissão em estupro, tortura e mortes dos filhos

Os pastores George Juliana Alves estão presos
Juliana Sales Alves foi presa quarta-feira (20), em Minas Gerais. O marido, o pastor George Alves, já está preso acusado de estuprar, agredir e colocar fogo no filho e no enteado vivos.
A prisão da pastora Juliana Sales Alves, mãe dos irmãos mortos em um incêndio em Linhares, no Norte do Espírito Santo, não surpreendeu a família paterna de uma das crianças. A avó de Kauã, Marlúcia Butkovsky, disse que a postura de Juliana após o crime gerou desconfiança. 
“Para uma mãe que fica tão omissa diante de toda a gravidade do que aconteceu, não pode ser surpresa”, disse Marlúcia. 
Juliana é mãe de Joaquim, de 3 anos, e de Kauã, de 6 anos e agora é ré na Justiça. As crianças morreram carbonizadas dentro de casa, em Linhares, no dia 21 de abril. 
O marido dela, o pastor George Alves, está preso desde o dia 28 de abril. Ele foi indiciado por estuprar, agredir e queimar as duas crianças. 
Segundo o Ministério Público, Juliana foi omissa, pois sabia que os filhos corriam risco ao ficarem sozinhos com George. 
Agora, o MP pediu a prisão preventiva de Juliana e de George Alves, por tempo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupro de vulneráveis e fraude processual. George ainda vai responder pelo crime de tortura. 
Pastora presa sabia dos riscos que os filhos corriam com o marido, diz MP-ES
 Irmãos Kauã e Joaquim foram estuprados,
 torturados e mortos carbonizados em incêndio
 em Linhares, ES (Foto: Reprodução/ TV Gazeta) 
A pastora Juliana Sales Alves sabia, segundo o Ministério Público do Espírito Santo, dos riscos que os filhos corriam por estarem sozinhos com o marido dela, o pastor Georgeval Alves, acusado de estuprar, agredir e queimar as crianças vivas dentro de casa. 
Essa omissão é um dos motivos para a prisão dela, que aconteceu na madrugada desta quarta-feira (20), na casa de um amigo da família, em Minas Gerais. 
Pastora virou ré porque foi omissa, diz promotora 
Juliana é mãe de Joaquim, de 3 anos, e de Kauã, de 6 anos. As crianças morreram carbonizadas dentro de casa, em Linhares, no dia 21 de abril. 
O marido dela, o pastor George Alves, está preso desde o dia 28 de abril, mas a prisão dele era temporária. 
Agora, o MP pediu a prisão preventiva de Juliana e de George Alves, por tempo indeterminado, pelos crimes de duplo homicídio, estupro de vulneráveis e fraude processual. George ainda vai responder pelo crime de tortura. 
Polícia diz que pastor estuprou, agrediu e queimou crianças 
A Polícia Civil foi procurada para informar sobre a prisão da pastora e disse que o trabalho foi concluído e enviado ao Ministério Público no dia 29 de maio. 
No dia 5 de junho, o Ministério Público tinha cobrado novas investigações para esclarecer detalhes em relação ao caso. Por causa do decreto do sigilo absoluto, o órgão não informou a motivação do pedido. 
Três dias depois, a polícia enviou o inquérito novamente para o MP, que analisou o documento e decidiu pela prisão de Juliana. 
O mandado de prisão por homicídio qualificado contra Juliana Sales Alves foi expedido pela Justiça de Linhares na segunda-feira (18). 
De acordo com a polícia, Juliana estava escondida na casa de um pastor que é advogado da família. 
No momento da prisão, ela estava com o filho de 1 ano e um mês. A criança foi encaminhada para o Conselho Tutelar. Juliana foi levada para a delegacia de Teófilo Otoni e vai ser encaminhada para o presídio da cidade. 
Crime 
O crime aconteceu no dia 21 de abril. Inicialmente, o pastor George Alves, que é pai e padrasto dos meninos, disse que eles morreram em um incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam. 
Mas, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações. 
A Polícia Civil concluiu que o pastor George Alves matou o próprio filho, Joaquim Alves Salles de 3 anos, e o enteado Kauã Salles Butkovsky de 6 anos. De acordo com as investigações, as crianças foram estupradas, agredidas e queimadas vivas. No dia do incêndio, a mãe disse que estava em um congresso em Minas Gerais com o filho mais novo do casal. No enterro dos filhos, ela estava acompanhada de parentes e da polícia, já que tinha solicitado escolta por segurança

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