quinta-feira, 4 de julho de 2019

Câmara vota Moção de Pesar pelo falecimento do jornalista Everaldo Valadares

O vereador Luiz Carlos Escuta apresentou a Moção de Pesar de nº 061/2019 pelo falecimento do jornalista Everaldo Valadares, fato ocorrido no último sábado dia 29/06, na cidade de Ilhéus, por insuficiência respiratória.
Em Ilhéus dirigiu a antiga Rádio Jornal, Rádio Cultura e por fim, a Rádio Santa Cruz, na época de propriedade do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes. Fez programas de rádios em todas as emissoras de Ilhéus, sempre dando um tom polemico, mas, exercendo sempre com competência e altivez. Ilhéus tornou a sua cidade de coração, que o acolheu de coração aberto. Em 2006 recebeu o título de cidadão ilheense, numa demonstração de afinidade com a cidade. A proposição partiu do saudoso vereador, José Fernandes. Ainda na radiodifusão ilheense, apresentou o Programa Resenha da Cidade, na Rádio Jornal, que era a coqueluche no município e cidades vizinhas naquela época.
Ainda em Ilhéus, Everaldo Valadares fundou o Jornal Sul Bahia; Jornal em Resumo e o jornal O Repórter. Hoje, todos inativos. Na literatura é autor de três obras: Ilhéus, Hoje – Sem Gabriela, Sem Cravo e Sem Canela (2006); Eles FAZEM Ilhéus MAIOR (2006) e Crônicas Chulas, editado em 2008. Todas as obras de Valadares hoje se encontram arquivadas na Universidade Estadual de Santa Cruz e no Arquivo Municipal da Cidade. No campo fonográfico, gravou um CD intitulado Ilhéus e seus ritmos, que retrata o cotidiano do povo ilheense, através de crônicas narrativas.
Valadares ocupou o cargo de Secretário de Imprensa da Prefeitura de Ilhéus, no governo de Antônio Olímpio; Foi fundador e presidente do PDT, e posteriormente candidato a prefeito na cidade de Ilhéus.
HISTÓRICO: Sergipano de nascimento, mas, ilheense de coração. Everaldo Almeida Valadares nasceu no dia 26 de abril de 1927 na cidade de Boquim, interior, região sul do estado de Sergipe. Com oito anos seguiu com seus pais para o Rio de Janeiro, ainda jovem começa a militar na imprensa carioca, dando os primeiros passos nos jornalismo impresso e na radiodifusão da segunda capital do país. Lá participou de vários movimentos e reportagens, a exemplo do golpe militar de 64, o AI-5, sucessões dos Governos Militares, da Junta Militar, processo ditatorial do Governo Médici, passando pelo Governo Geisel, até o Governo Figueiredo e, parte de todo o processo de Redemocratização, inclusive da Lei da Anistia.
Esteve no Maracanã fazendo reportagens para o Jornal O Carioca na cobertura da Final da Copa do Mundo de Futebol de 1950 e cobriu várias manifestações no eixo-Rio-São Paulo pelas Diretas Já. No início dos anos setenta, mudou-se para Salvador. Foi diretor de programação da Rádio Excelsior. Em 1976, já casado e com três filhos, vem para Ilhéus, cidade mais tranquila, com o propósito de tocar sua vida profissional e dá seguimento aos seus projetos.

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