sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Bolsonaro não verá canonização de Irmã Dulce: para o biógrafo da beata, a ausência pode ser vista como um desprestígio aos católicos

IRMÃ DULCE: beata é cumprimentada pelo
 então presidente José Sarney
(Gervásio Baptista/Divulgação)
(EXAME) - Enquanto uma comitiva de políticos começa a desembarcar no Vaticano para a canonização da beata baiana Irmã Dulce, evento que acontecerá no próximo domingo 13, o presidente Jair Bolsonaro, que se considera católico mas levanta a bandeira evangélica na política, anunciou que não irá comparecer à cerimônia de santificação. Em seu lugar, de acordo com o Planalto, irá o vice-presidente Hamilton Mourão. 
Em julho, o porta-voz da Presidência da República Otávio Rêgo Barros havia confirmado o comparecimento de Bolsonaro na canonização que será conduzida pelo Papa Francisco, alegando que a presença reforçaria o compromisso do presidente “na importância de o Brasil ser um Estado laico”. Na última quarta-feira, entretanto, a presidência informou que devido a compromissos de agenda, Bolsonaro não irá nem ao Vaticano nem a Salvador, em outra comemoração marcada para dia 20 – alguns consideram a decisão uma forma de agradar sua base evangélica e a primeira-dama.
Para não fazer feio com os católicos, entretanto, há previsão de que na tarde de sábado 12 o presidente compareça à festa da Padroeira de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, SP. “Em razão até de uma impossibilidade de que ele participe da cerimônia para a Santa Irmã Dulce em Salvador no dia 20, o presidente entendeu a importância de se fazer presente em eventos de fé católica”, disse o porta-voz da presidência.

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