domingo, 13 de outubro de 2019

Ela Não Foi Heroína, Não Foi Famosa, Não Fez Descer Fogo Do Céu, Só Foi Cristã De Verdade.



"Eu disse: ‘Eu quero voltar para casa, mas não tenho dinheiro para voltar. A senhora tem dinheiro para me dar?’. Ela disse: ‘Dinheiro eu não tenho, mas tenho aqui...'. Aí, escreveu no bloquinho: vale duas passagens para o Rio. 'Vai à rodoviária e dá esse papel lá'!”. (Paulo Coelho)

(Por Ir. Silvio-CNBB) - Em tempos de tantos milagreiros e milagreiras, que têm visões, fazem curas e tantas outras coisas mirabolantes, a Igreja escolhe para os altares, a primeira santa brasileira, que não fez outra coisa a não ser viver radicalmente o Evangelho, uma experiência que deveria ser mais que normal para todos os cristãos.
Hoje o Anjo Bom da Bahia, Santa Dulce dos Pobres, deve ter feito uma grande festa lá no céu, junto com Santa Teresa de Calcutá, São Oscar Romero, São João Calábria, São Maximiliano Kolbe e com certeza, com Maria a Mãe Jesus, hoje com a cor Negra e trajando o manto de Nossa Senhora Aparecida.
Ir. José Finotti, Dom Jailtonn Lino,
 Ir. Dulce e Pe. Antônio Gasparini
É maravilhoso ver a Igreja no Brasil, lucidamente aclamar santos, não os radicais de vestes glamourosas, mas consagrando como seus intercessores mais perto de Deus, os santos e santas, que rompem com o status quo de uma sociedade empobrecida, mas mesmo assim burguesa, e aclamar como santos pessoas, gente como a aparentemente frágil Santa Dulce, que na sua estatura franzina foi uma gigante na defesa dos empobrecidos e marginalizados. Há quem a despreze, mas os santos são assim mesmo, nunca são unanimidade, porque não compactuam com os fariseus, os que praticam injustiças e menos anda com hipócritas.
O que sabemos é que não foram as veste vistosas e douradas ou os turíbulos fumegantes, que deram visibilidade a esta pequena grande Mulher, mas foram seus gestos de amor, de fraternidade, de proximidade, que lhe conferiram o maior grau que um cristão poder ter e ser, SANTO. Doravante não serão somente as ruas de Salvador, que vão homenagear essa pessoa ímpar, mas toda a Igreja, onde quer que haja um católico, esse vai ter na lista de seus intercessores, SANTA DULCE DOS POBRES, o Anjo Bom.Ir. José Finotti, Dom Jailtonn Lino, Ir. Dulce e Pe. Antônio Gasparini
A nossa Igreja, acaba de aprovar as Novas Diretrizes, que a regerão nos próximos quatro anos, e com uma visão iluminada e profética, os nossos bispos, reafirmaram o serviço aos pobres como uma OPCÃO preferencial, e Santa Dulce, chega num momento em que nosso Povo vive tão carente da PALAVRA, do PÃO, de CARIDADE e de ACOMPANHAMENTO MISSIONÁRIO, os quatro pilares de uma vida cristã, que certamente conduziram Santa Dulce ao destino onde chegou.
Santa Dulce, escutou e viveu a Palavra, transformando-a em sua ação e missão diárias, sua vida foi uma experiência espiritual profunda, nunca lhe deixava quieta e a empurrava cada vez mais para as ruas à procura de corpos e almas que precisavam de salvação e libertação. Suas sessões de cura e libertação não eram gritos histéricos e muito menos de exorcismos, os gestos que fazia para curar, eram o toque de suas mãos maternas, o seu olhar iluminado de compaixão e a sua acolhida de todos e de qualquer, um que precisassem de amor, carinho e abrigo.

Hoje a Igreja recebeu do Brasil, um dos seus maiores dons, uma CRISTÃ de verdade, que não foi heroína, não foi famosa, não fez descer fogo do céu, só foi cristã.

Senhor nosso Deus, lembrados de vossa filha,
a santa Dulce dos Pobres,
cujo coração ardia de amor por vós e pelos irmãos, particularmente os pobres e excluídos, nós vos pedimos:
dai-nos idêntico amor pelos necessitados;
renovai nossa fé e nossa esperança
e concedei-nos, a exemplo desta vossa filha,
viver como irmãos, buscando diariamente a santidade, para sermos autênticos discípulos missionários de vosso filho Jesus. Amém.

SANTA DULCE DOS POBRES, Anjo Bom, Rogai por nós!

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