quinta-feira, 28 de maio de 2020

Brasil nao participa da reunião com líderes mundiais para planejar reconstrução da economia pós pandemia

O governo brasileiro, assim como o estadunidense, não faz parte da lista de países e entidades internacionais que se reunirão para traçar uma estratégia em prol da recuperação sustentável do mundo pós-pandemia. O evento será realizado nesta quinta-feira (28), sob o comando da Organização das Nações Unidas (ONU) e liderado pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e da Jamaica, Andrew Holness.
O grupo com mais de 50 membros é composto pela União Européia e países como Argentina, Haiti, Costa Rica, Colômbia, França, Alemanha, Japão e Reino Unido, além de entidades como o Banco Mundial, FMI e outras instituições.
Segundo a coluna de Jamil Chade, no UOL, esse é só mais um grande encontro internacional que o Brasil deixa de participar. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também não participou da Assembleia Mundial da Saúde, nem esclareceu se foi convidado. 
Já em abril, o governo ficou de fora de uma aliança internacional para o desenvolvimento de uma vacina. Neste caso, de acordo com a publicação,o governo prepara uma reunião interministerial para avaliar como fazer parte da iniciativa.
Na situação atual, documentos apontam que o projeto visa pensar na recuperação da economia, com base em novos pilares e maior foco em questões de justiça social e clima. De acordo com a publicação, se trata de uma "iniciativa conjunta para acelerar a resposta global aos significativos impactos econômicos e humanos da Covid-19 e avançar soluções concretas para a emergência do desenvolvimento".
Em relação a isso, o governo Bolsonaro indica que a crise econômica é proveniente das medidas em prol do isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como forma de conter a disseminação do vírus, e minimiza o número de vítimas fatais da doença.
"Esta pandemia requer uma resposta multilateral em larga escala, coordenada e abrangente para apoiar os países necessitados, permitindo-lhes uma melhor recuperação para economias e sociedades mais prósperas, resilientes e inclusivas", diz outro trecho do arquivo.
No encontro, seis áreas de ação serão debatidas, a fim de mobilizar o financiamento necessário para a recuperação dos países. São elas: "expandir a liquidez em toda a economia global; lidar com as vulnerabilidades da dívida; conter os fluxos financeiros ilícitos; aumentar o financiamento externo para o crescimento inclusivo e a criação de empregos; e estratégias para que os países se recuperem melhor, enfrentem as mudanças climáticas e restabeleçam o equilíbrio entre a economia e a natureza".
A ONU destaca que, se o mundo não agir agora, US$ 8,5 trilhões da economia global podem ser perdidos, forçando 34,3 milhões de pessoas a viverem na extrema pobreza nete anos e mais de 130 ao longo da década.
Apesar desse panorama, pelo menos até abril, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo dizia acreditar que “o Brasil tem hoje as condições, tem a oportunidade de se sentar na mesa de quatro, cinco, seis países que vão definir a nova ordem mundial” após a pandemia do novo coronavírus. Ele deu essa declaração durante a reunião ministerial ocorrida em 22 de abril e divulgada na última sexta (22). 
Na época, o Brasil tinha pouco mais de 2 mil casos do novo coronavírus. Pouco mais de um mês depois, o Ministério da Saúde contabiliza 411.821 diagnósticos positivos e 25.598 mortes em decorrência da doença.

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