sexta-feira, 29 de maio de 2020

Que falta nos faz um líder!



“A liderança é a capacidade de conseguir que as pessoas façam o que não querem fazer e gostem de fazê-lo.Harry Spencer Truman
Esse exercício não é uma característica do prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre. Foi eleito numa conjuntura local e nacional que desejava o novo. O marketing o apresentou como novo. 
Não foi capaz, até aqui, de liderar a sua equipe para atuar, numa gestão proativa capaz de conduzir o município ao desenvolvimento de um programa sistêmico de governo. Portanto, muito longe da habilidade e competência para analisar as coisas de forma positiva, ou seja, aprender com seus fracassos. 
Como o dito popular “sempre leva bola nas costas”. 
O gestor de uma cidade, seja ela qual for principalmente Ilhéus, precisa estar articulado com os vários segmentos da convivência sociopolítico, precisa estar informado, solidário ao sentimento da maioria e, diante da atual conjuntura, amparado em dados científicos. 
Basicamente esse é o lastro do bom senso, capaz nortear e influenciar decisões e de conduzir massas. 
Para isso, o sim tem que ser sim e não tem que ser não. O sim precisa convencer quem diz não e o não convencer os que querem sim. 
Influenciado por um grupo, estranho ao sentimento popular e cientifico, o prefeito decretou a abertura dos templos para realização de cultos. 
Bola fora. 
As principais lideranças religiosas rejeitaram publicamente a desastrosa medida. 
A palidez escancarada no sorriso farto do alcaide indicava que muitos votos foram esparramados no terreno miasmático da reeleição. 
Isso! Estamos, de fato, em tempos mefíticos. 
O surto do novo coronavírus é, antes de tudo, uma tragédia humana, afetando centenas de milhares de pessoas, aqui e em qualquer lugar. Além disso, causa crescente impacto na economia, aqui e em qualquer parte do planeta. 
É natural que haja uma inquietação por todos os segmentos produtivos, mas não pode haver açodamento de quem lidera. Segundo Warren Bennis, “Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. 
Ilhéus tem enfrentado, nos últimos dias, ocupação de 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para pacientes vítimas do novo coronavírus (Covid-19). O município possui 31 leitos para UTI Covid-19, distribuídos pelos hospitais de Ilhéus e Costa do Cacau. Ainda assim anuncia a possibilidade de reiniciar as atividades do varejo em geral. 
Penso que neste momento se faz necessário ao gestor, o embasamento nos pareceres das autoridades sanitárias e epidemiológicas. 
Difícil decidir porque a situação dos empresários varejistas não é boa, aqui ou em qualquer lugar. Mas é melhor uma decisão pudente e sábia do que outra “bola nas costas”. 
Como escrevi acima, estamos num terreno pestilento. Estamos, todos, navegando num cenário de incertezas e emocionalmente desafiador. 
Em Salvador,o prefeito ACM Neto está construindo um protocolo específico para que cada atividade. Vai ter um protocolo geral para as atividades todas, e específico para cada uma delas. 
O governador Rui Costa anunciou a criação de uma comissão para discutir o retorno das atividades empresariais, juntamente com a adoção de protocolos de segurança. Comissão será formada por secretários da administração estadual e integrantes das federações do Comércio, Indústria e Agricultura 
E nós? 
Mais que isso, é preciso modernizar e dinamizar todos os segmentos produtivos, mas principalmente a maquina publica municipal. Há muito emperrada. 
Poderia, o alcaide ilheense ter determinado as suas secretarias ligadas ao competentes comércio, indústria, agricultura, pesca, educação, turismo, planejamento e o setor o jurídico, junto com as lideranças do setor produtivo, para elaborar e executar um plano a fim de ajudar na aplicação de políticas de prevenção e cuidados à eminência da doença. 
Encontrar meios para ajudar a garantir que as empresas, todas, definam cenários adaptados aos seus contextos e assim, criar mecanismos para resistirem a tempestade e para que fiquem perto de seus clientes. 
No exercício de liderança, neste cenário, o alcaide poderia demonstrar o seu propósito de preservar a população e ao mesmo tempo as empresas e a economia do município. Cabendo lembrar que elas, as empresas, têm um papel crítico na sociedade as quais fazem parte e precisam descobrir como ajudar nos esforços de resposta à situação que vivemos. Há exemplos de empresas que mudaram a produção para produzir e distribuir máscaras e roupas médicas etc. Se deram bem. 
Um fato é real. A crise do novo coronavírus é uma história com um final incerto. Sabemos que o impacto humano já é trágico, além do que as empresas têm um imperativo de agir imediatamente para proteger seus funcionários, enfrentar os desafios e riscos dos negócios e ajudar a mitigar o surto da melhor maneira possível. 

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