quarta-feira, 4 de novembro de 2020

PF deflagra operações para apurar desvios de benefícios em Ilhéus e Conquista

Duas operações da Polícia Federal (PF) foram deflagradas na manhã desta quarta-feira (4). Ao todo são cumpridos seis mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em Jequié, no Sudoeste. Ambas as operações são deflagradas de forma simultânea tendo em vista que alguns investigados são suspeitos de participação nos dois esquemas criminosos. A operação Demisso se refere a casos investigados em Vitória da Conquista, no Sudoeste, e a Persona Ficta, em Ilhéus.
As ações tem como foco o combate a fraudes na obtenção do benefício de seguro-desemprego e em empréstimo com a Caixa Econômica Federal. Em Conquista, a Operação Demisso apura suposta associação criminosa especializada em fraudes de seguro-desemprego. Segundo a PF, o grupo investigado simulava vínculos empregatícios fictícios mediante inserção de dados falsos nos sistemas públicos (CAGED e CNIS). Eles também inseriam anotações falsas nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social, com o objetivo de simular o preenchimento dos requisitos para requerimento e saque do benefício de seguro-desemprego.
A organização funcionava em três núcleos: a) mentores: pessoas responsáveis pela idealização, planejamento e coordenação das fraudes; b) apoio técnico: pessoas com conhecimento especializado que munia os investigados com informações necessárias para realização das fraudes; e c) sacadores: pessoas que figuram como sócios das empresas fictícias ou como empregados dos vínculos empregatícios falsos, e que realizam os saques.
PERSONA FICTA
Já em Ilhéus, os agentes deram início à Operação PERSONA FICTA. A ação apuraapura possível grupo criminoso dedicado à prática de estelionatos por meio de uso de documentos falsos para contratação de empréstimos perante a Caixa Econômica Federal. Os empréstimos eram realizados em diversas agências da CEF, especialmente nas cidades de Ilhéus e Itabuna.
Os investigados usavam documentos de identidade falsos criados com a própria fotografia, ludibriando a empresa pública federal, prática similar à de um “dublê”. Segundo a investigação, os empréstimos fraudulentos alcançam mais de R$ 200 mil. Além dos mandados, as equies da PF de Conquista e Ilhéus cumprem também medidas cautelares diversas, além do bloqueio de R$ 94 mil em bens dos investigados.
As ordens judiciais foram expedidas pelas Varas da Justiça Federal de Jequié e de Ilhéus

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