Em meio a este momento complicado que a humanidade enfrenta é estarrecedor tomar conhecimento de inúmeras contaminações de pessoas que, diariamente entram na estatística de infectados mundo e Brasil afora, quando não de mortes.
Pe. Damião Conceição de Souza Borges
A cada dia a população brasileira é bombardeada pelas muitas notícias de infecções, mortes, hospitalizações, causando nas pessoas uma verdadeira apreensão, pois, fica notório que a contaminação viral é carregada de incertezas, o que acarreta uma série de instabilidades, provocando um acúmulo de tensões, desembocando em uma grande desestabilização, especialmente naqueles cujos familiares estão em situação de contaminação.
Este é o momento histórico, peremptoriamente caracterizado como um divisor de águas para o gênero humano, convocado hodiernamente a elucubrar sobre o significado do existir humano, pérola do Criador (cf. Gn 1,26). Essa criatura, edificada pelo sangue do Cordeiro (cf. Ex 12) agora se vê perante um grande desafio, ao qual deve enfrentar com resignação, ousadia e confiança.
Dentro deste complexo enfrentado pela humanidade no momento de sua história, o tema vacina tem dominado, em âmbito nacional e internacional, especialmente em sua capacidade de imunizar maciçamente as populações, ou, como dizem os estudiosos, a vacinação de rebanho, para assim controlar as diversas formas de infecção.
No Brasil, imenso da forma que é, as intempéries são bem contundentes e o desafio se torna gigantesco, para que a tão desejada “dose de esperança” chegue nos braços das pessoas e o alento no coração das mesmas e, com isso, pouco a pouco, seja instalada uma seguridade existencial nas populações das pequenas e grandes cidades do imenso país.
Essa questão vacinal tem sigo uma realidade altamente desafiante, haja vista que existe uma “ponte rachada” na construção da disponibilidade do produto entre a Terra de Santa Cruz e os locais específicos de produção. Por outro lado, a vacina é o único antídoto contra a força agressiva do Coronavírus.
Posto essa realidade, indaga-se: de quem é a culpa da morosidade no processo de vacinação do Brasil? A resposta a esta pergunta é certeira e direta: é a falta de gerência das autoridades competentes, que não são articuladas. A segunda arguição é: qual a consequência dessa realidade gritante? Logo vem à mente a geração de uma questão que perturba as populações, que é a instalação de norte a sul do País de uma infinda instabilidade que mexe com todas as camadas sociais.
Perante esta fraqueza e crise institucionais, humanas e morais, os homens e as mulheres deste momento da história devem buscar um refúgio poderoso em uma realidade que ultrapassa a temporalidade, como fortemente afirma o salmista, no salmo 121,2.
O mesmo salmo 122 afirma que o socorro do crente vem do Senhor, que é o alento da alma abatida e do coração atribulado, crentes de suporte capaz de manter de pé os que ora estão enfraquecidos.
Por sua vez, o salmo 129 acalenta a todos os que estão em tensão neste momento da história, dizendo que a alma de quem confia no Senhor é como um pássaro que escapa do laço do caçador. Por isso, é oportunidade de aquecer a fé, aguçar a esperança e clamar a força do alto, conjugando essas realidades aos cuidados necessários para o controle da disseminação do vírus silencioso e letal.
Em tom de esperança, a exigência é que cada indivíduo se cuide, acreditando-esperando firmemente que este é o momento de tiragem de grandes lições e realização de profundas reflexões. Os votos são, portanto, que a vacina chegue a todos e que a vida vença, em nome Daquele que é o vencedor da morte.
Que o Ressuscitado nos ajude!!
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