quinta-feira, 13 de junho de 2024

Com Tarcísio à frente, começa a se desenhar o projeto da extrema-direita para o futuro do Brasil

pesquisador do Núcleo de
Estudos da Violência da USP
Cena 1: alunos apanham da Polícia Militar durante sessão em que os deputados paulistas aprovaram o projeto de lei que permite a criação da escola cívico-militar em São Paulo. Em tempos normais, seriam imagens escandalosas, mas apenas os integrantes das bolhas progressistas parecem chocados. Muitos apoiam um projeto pedagógico militarizado, como se o aprendizado dependesse de disciplina e de obediência.
Cena 2: o governo de São Paulo sabota o bem-sucedido programa de câmeras em uniformes das PMs, que vinham reduzindo a letalidade da corporação. A decisão ocorre depois de duas operações policiais matarem 74 pessoas na Baixada Santista. A iniciativa do governo parece passar um recado claro: a violência fardada não deve ser contestada nem controlada por ser capaz de eliminar ou amedrontar os bandidos e assim produzir ordem e sujeição.
Não adianta acusar a imoralidade ou a disfuncionalidade do método, que na história recente vem contribuindo para fortalecer as facções e as milícias. Trinta e dois anos atrás, o massacre do Carandiru, o mais letal da história paulista, deixou 111 mortos. Em vez de intimidar o crime, a chacina estimulou reação e revolta. Foi a semente do Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminal mais poderosa de São Paulo, criada no ano seguinte, com um discurso de união dos presos como resposta à covardia do Estado. No Rio, a letalidade da polícia, que sempre andou junto com a corrupção, originou as milícias.
Cena 3: lideranças da política, da economia e da sociedade civil passam a apontar o nome de Tarcísio de Freitas como representante da direita para disputar a eleição presidencial de 2026. Editorais de jornais tradicionais elogiam seus planos vazios de ajustes de gastos, como se uma alegada racionalidade econômica pudesse se sobrepor à barbárie das crenças políticas do governador forjadas no bolsonarismo. Nesse período, o governador publicou um decreto liberando as entidades religiosas da cobrança de ICMS sobre bens importados, desde que destinados à “finalidade essencial” das igrejas.
Armas, dinheiro, religião e poder. O projeto de futuro da extrema direita para o Brasil segue popular, mesmo sem a presença histriônica de Jair Bolsonaro. Com Tarcísio de Freitas, a lógica por trás desses planos fica mais clara, em resposta a um novo ciclo político autoritário que atinge não apenas o Brasil, mas diversos países do mundo.
Nesse cenário, o otimismo em torno do papel do Estado como condutor do desenvolvimento saiu do imaginário político. Alcançou seu auge no Pós-guerra, perdeu força nos anos 1980 e se fragilizou com a derrocada dos regimes socialistas. No Brasil, o papel do Estado na garantia dos direitos sociais e civis, em uma sociedade de mercado, seguiu como referência importante nas décadas de 1990 e 2000, tendo como inspiração as sociais-democracias europeias.
Essa crença forjou as diretrizes ideológicas dos partidos progressistas da Nova República. PT e PSDB se formaram depois da ditadura, a partir de nomes vindos dos movimentos sociais, sindicatos e universidades. Seus líderes apostavam que a retomada da democracia poderia criar mecanismos para que os pobres votassem em políticos que representassem seus interesses de classe, criando, quem sabe, uma sociedade menos desigual e mais justa. O liberalismo e a direita ficaram sem discurso, diante do tamanho do passivo social. Restava aos seus representantes se aliar ao governo da vez.
A defesa da violência policial, contudo, se fazia presente na desfaçatez e omissão dos governantes diante dos abusos das polícias. Era defendida de forma explícita apenas por políticos nanicos, como Bolsonaro, que tinham votos, mas não eram levados a sério e não disputavam cargos majoritários.
Esse otimismo com o papel do Estado e da política se esvaiu ao longo dos anos. O Estado não conseguiu produzir a justiça social almejada. Nas cidades, o valor da vida se revelou proporcional a quanto se ganha. Sem dinheiro, não era difícil perceber, não havia segurança, moradia, saúde, educação, higiene, e muito menos respeito. O mercado e a capacidade de ganhar dinheiro se consolidaram como a única solução viável para enfrentar a miséria. A luta se tornou mais individual do que coletiva.
Esse ceticismo abriu espaço para o fortalecimento da extrema direita, que cresceu depois da crise política e econômica acirrada pela Lava Jato. As redes sociais criaram as condições para a formação da tempestade perfeita. Suas bolhas algorítmicas popularizaram os discursos de ódio em defesa da guerra contra os inimigos da nação, fundamentais para a eleição de Bolsonaro. O desastre do bolsonarismo na pandemia e o desmonte das políticas públicas no Governo Federal não foram suficientes para reduzir os ânimos de seus apoiadores. Bolsonaro, contudo, é carta fora do baralho nas eleições de 2026.

Uesc recebe a visita do Professor PhD David Junker: Primeiro Doutor no Brasil na área de Educação Musical

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) recebeu, nesta terça-feira, dia 11, a visita do professor doutor David Junker, licenciado em Música, Composição e Regência, pela Universidade de Brasília (UnB), e primeiro Doutor (PhD) no Brasil na área de Educação Musical com ênfase em Canto Coral. O professor foi recebido pelo vice-reitor da Instituição, Maurício Moreau, acompanhado por outros gestores universitários.
Em seguida, David Junker, ministrou aula de Técnicas Gestuais de Regência no curso de extensão em Iniciação à Regência Coral e Instrumental, que iniciou a segunda turma, coordenado pelo maestro Antonio Melo e promovido pelo Núcleo de Artes da Universidade (NAU), vinculado ao Departamento de Letras e Artes (DLA).
O encontro na reitoria contou também com a participação da diretora do DLA, professora Élida Ferreira, da pró-reitora de Graduação, Márcia Morel, do maestro Antonio Melo, e da gerente e subgerente Acadêmica, Ludmila Coimbra e Fernanda de Paula.
A aula de Técnicas Gestuais de Regência foi realizada no auditório do Pavilhão de Pós-Graduação Professor Max de Menezes. Para o maestro Antonio Melo, regente do Coral da Uesc, a visita do professor David Junker representa “o fortalecimento do movimento do canto coral instrumental e a qualificação dos alunos, aprimorando seus gestos para desenvolver nos grupos uma posição mais assertiva.”
Junker obteve Mestrado em Regência Coral e Doutoramento (PhD) em Educação Musical/Música Coral, na University of Missouri, nos Estados Unidos. Foi regente fundador do Coral da UnB e da Serenata de Natal, ambos com 35 anos de existência, já tradicionais na comunidade brasiliense. E faz parte do corpo docente da Universidade de Brasília, onde ministra aulas de Regência, Canto Coral, Prática de Orquestra, e Prática de Conjunto, tanto na graduação como na pós-graduação.

O homem imagem e semelhança de Deus, na sociedade “smart”

(Vatican News) Deus criou por misericórdia e também para entrar em diálogo com sua criatura. A partir desse momento, o mundo criado do nada (ex nihilo) permitiu ao ser humano manifestar a perfeição divina pelos bens que Deus lhe conferiu.
Cappela Sistina, criação do homem
Dom Edson Oriolo - Bispo Igreja Particular de Leopoldina, MG.
No livro do Gênesis, encontramos um relato paradisíaco. O autor javista descreve de uma maneira poética a criação do mundo e do ser humano. Se, primeiramente, Deus criou o mundo, ele o fez numa expectativa de que alguém o cultivasse: “Nenhuma erva dos campos tinha ainda crescido, porque Iahweh Deus não tinha feito chover sobre a terra e não havia homem para cultivar o solo” (Gn 2,4b-5).
Mesmo sendo uma etiologia, em Gn 2,4b- 3,24, percebemos o plano de Deus. A introdução do ser humano no mundo, como imagem e semelhança divina – “e o fizeste pouco menos do que um deus, coroando-o de glória e beleza” (Sl 8,6), bem superior às criaturas – “e o homem deu nomes a todos os animais” (Gn 2,20) – e guardião do seu jardim, é uma expressão indubitável do amor de Deus para com todo homem e toda mulher. Exímios responsáveis.
Deus criou por misericórdia e também para entrar em diálogo com sua criatura. A partir desse momento, o mundo criado do nada (ex nihilo) permitiu ao ser humano manifestar a perfeição divina pelos bens que Deus lhe conferiu (cf. 1Cor 8,6; Rm 11,36)
Portanto, Deus criou aquilo que queria (cf. Sl 115,3), operou tudo segundo o desígnio da sua vontade (cf. Ef 1,11), para revelar a sua infinita bondade para com as criaturas e para com a humanidade.
Esse paraíso foi se transformando graças à inteligência manifesta na vontade, liberdade e racionalidade, que o Criador concedeu às pessoas para impactar nas várias revoluções, quer políticas, econômicas ou culturais. Ao longo da história da humanidade, testemunhamos a evolução da administração do mundo criado por Deus. As quatro revoluções industriais ocasionaram grandes transformações no mundo. A primeira revolução industrial foi mecânica, a invenção da máquina a vapor. A segunda foi científica: o aproveitamento da eletricidade e da produção em massa. A terceira revolução se concentrou nos computadores e a quarta revolução industrial foi anunciada pelo Fórum Econômico Mundial, em 2016. Essa revolução transcende as máquinas mecânicas, dando lugar às máquinas computacionais, como a inteligência artificial, as impressoras 3D, os drones, a nanotecnologia, a neurotecnologia, a internet das coisas, a realidade aumentada, a transgenia e os veículos autônomos.
A partir destas revoluções industriais, o paraíso criado por Deus para ser cuidado pelo ser humano, que é sua imagem e semelhança, vem se tornado smart (flexível, sagaz, autoajustável, inteligente). Hoje, tudo é smart: o telefone (smartphone) a televisão (tvsmart), o relógio (smartwatche) a rede elétrica (smart grid) e os semáforos adaptativos. A escova de dentes, inúmeros aparelhos tecnológicos, carros, casas, mesas, sistemas, projetos etc. estão se tornando smart. Essa expressão refere-se a uma tecnologia avançada de automação, conectividade e processamentos de dados. A tecnologia em infraestrutura inteligente traz inúmeros benefícios e facilita o cotidiano das pessoas. Um conceito que, certamente, irá conquistar a imaginação pública nas próximas décadas, como estamos vendo na atualidade. Segundo o russo Morozov, especialista na interação entre tecnologia e sociedade, na última década, haverá uma legitimação de projetos que envolverão a concentração de soluções tecnológicas pelo poder público.
Destarte, com a sociedade smart, os serviços tradicionais tornar-se-ão mais eficientes com o advento da cultura digital, isto é, o uso de tecnologias digitais beneficiará as pessoas. A tecnologia será mais avançada, otimizando o uso de recursos, a produção de riquezas, a mudança de comportamento dos usuários e a promoção de novos tipos de ganho no que se refere, por exemplo, à flexibilidade, à segurança e à sustentabilidade.
Acredito que um ponto cego em toda essa evolução é entender que para o funcionamento dos processos smart é indispensável a atuação da pessoa, como símile do bom Deus e agindo com vontade, liberdade e racionalidade dentro de princípios éticos. Os processos smart e as máquinas não conseguem resolver os problemas por conta própria. Por exemplo, uma ambulância smart, ao ser chamada para um determinado usuário, precisa ter alguém no comando dos processos e os carros autônomos vão necessitar de pessoas para automatizar deixando-os smart.
Assim sendo, a pessoa humana é fundamental no uso e no desenvolvimento das tecnologias inteligentes. Os processos smart necessitam de pessoas também smart para administrar e cuidar dos processos. O ser humano precisa ser bem treinado com recursos e princípios éticos, para otimizar de maneira lógica esses processos. Caso contrário, há o risco do mau uso das tecnologias, provocando efeitos negativos. Isto pode acontecer pela própria incapacidade humana de assimilar algo que evolui tão vertiginosamente e que foge à sua capacidade de acompanhamento razoável (cf. GS 4)
O ser humano, imago Dei, foi criado para intervir na criação. Embora a tecnologia possa fazer certas tarefas para os homens, isso não significa que possamos eliminar completamente as pessoas do processo. Para que os processos smart funcionem como esperado, cada uma das etapas deve ser bem executada por pessoas, sendo expressão de sua vida e dignidade, na fidelidade ao projeto do Criador.

NAF-Uesc Recebeu Certificados da Receita Federal: Núcleo se Destaca no Apoio à Cidadania Fiscal

O Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) foi agraciado com três certificados outorgados pelo programa Cidadania Fiscal da Receita Federal do Brasil pelos estudos e serviços realizados em 2023. A solenidade de certificação foi realizada dia 11 de junho, na Superintendência Regional da Receita Federal, em Salvador.
Vinculado ao Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis (DCAC), o NAU foi representado pelo coordenador do projeto, professor Genesy Martins, pela docente e colaboradora Maria Clara Magalhães e os voluntários Eric Duarte, João Carvalho e Raphael Conrado. O reitor da Uesc, Alessandro Fernandes, parabenizou à equipe do NAF e ao DCAC pelo um importante projeto de extensão desenvolvimento entre os estudantes e pelas atividades práticas em benefício da comunidade.
Dois certificados foram na categoria Diamante, um pelo estudo "Impacto e alcance do NAF Uesc: um olhar sobre suas ações e resultados" e outro pelo Resumo Expandido "Contribuição Social e Acadêmica do NAF", ambos apresentados durante o III Congresso Internacional de Educação Empreendedora e Cidadania, realizado no campus da Uesc.
O reconhecimento do NAF-Uesc na categoria Prata aconteceu “pelas relevantes atividades de ensino-aprendizagem e de fortalecimento do perfil profissional e cidadão dos estudantes; pelas assistências fiscais e boas práticas associadas e em benefício da sociedade; e pelo comprometimento dos professores e da direção da instituição de ensino com a efetividade do Núcleo.”
O projeto do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal é desenvolvido pela Receita Federal do Brasil em parceria com as Instituições de Ensino Superior, a fim de proporcionar aos acadêmicos a aplicação dos conhecimentos teóricos e também prestar serviços contábeis, fiscais e jurídicos gratuitos para pessoas físicas e jurídicas de menor poder aquisitivo.

domingo, 12 de maio de 2024

Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana

O tema escolhido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano de 2024 é: “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”.
(Fábio Castro - Diretor da Revista Paróquias, da feira ExpoCatólica e do evento Catequistas Brasil) - Ao analisar este tema sob a perspectiva do Catecismo da Igreja Católica (CIC), algumas considerações importantes surgem, especialmente relacionadas à visão da Igreja sobre tecnologia e ética. Primeiramente, o CIC reconhece que os frutos do intelecto humano, como a ciência e a tecnologia, são aspectos da participação na sabedoria e bondade de Deus (CIC 283). Assim, a inteligência artificial, como um produto da engenhosidade humana, pode ser vista como um reflexo desta participação.
No entanto, o CIC também adverte sobre o uso ético dessas tecnologias. O Papa Francisco, em suas mensagens, frequentemente chama a atenção para a necessidade de uma "ecologia integral", que inclui o cuidado com a cultura e a vida humana contra os excessos do desenvolvimento tecnológico (Laudato si' 145). Isso ressoa com as preocupações expressas no artigo sobre os potenciais efeitos danosos da IA, como a redução do pluralismo e a polarização da opinião pública.
Contudo, ao destacarmos o medo de promover a IA devido aos seus potenciais riscos, versamos arriscadamente na utopia de impedir o uso da IA, mesmo estando em alinhamento com a visão católica de que a tecnologia deve servir ao bem comum, respeitando a dignidade e a liberdade humanas. O CIC e os ensinamentos sociais da Igreja promovem uma abordagem que não somente celebra as conquistas da humanidade mas também incentiva seu uso com igualdade humana e pelo bem comum, mesmo impondo a necessidade de regulamentações éticas que garantam que tais tecnologias sejam usadas de maneira justa e moral.
Assim, o Catecismo da Igreja Católica apoia o uso de tecnologias como a IA quando estas promovem o bem comum e a dignidade humana, mas sempre com cautela e uma consideração ética rigorosa para prevenir abusos e consequências negativas não intencionais. Ou seja: use com “moderações”, mas use!
Na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco escolheu este tema que nos convida a uma reflexão profunda sobre a integração da inteligência artificial (IA) nos nossos processos comunicativos, enfatizando uma abordagem equilibrada que incorpora tanto os avanços tecnológicos quanto os valores humanos intrínsecos expressos no Catecismo da Igreja Católica (CIC). Vejamos:
A Promessa da IA na Comunicação
A inteligência artificial oferece possibilidades sem precedentes para aprimorar a forma como comunicamos. Desde a automatização de tarefas mundanas até a provisão de novas formas de engajamento com informações, a IA tem o potencial de expandir os horizontes de nossas práticas comunicativas. Ela pode processar e analisar enormes quantidades de dados muito além da capacidade humana, oferecendo percepções e eficiências anteriormente inimagináveis.
Considerações Éticas do CIC
No entanto, como delineado no CIC, o uso de tal tecnologia deve sempre respeitar a dignidade da pessoa humana e promover o bem comum. A Igreja ensina que a pessoa humana é feita à imagem e semelhança de Deus (CIC 1700), e, portanto, qualquer tecnologia, incluindo a IA, deve servir para realçar, e não diminuir, essa dignidade fundamental.
O Papa Francisco frequentemente falou sobre o "paradigma tecnológico" e seu impacto na sociedade. Em sua encíclica, Laudato si', ele discute os desafios impostos pelo enorme poder tecnológico, que, quando desconectado de considerações éticas, pode levar a uma cultura onde a eficiência é priorizada em detrimento de valores humanos fundamentais.
IA e a Sabedoria do Coração
O tema chama especificamente para a "sabedoria do coração", que se refere a uma compreensão holística da inteligência que transcende meras habilidades cognitivas. Esta sabedoria envolve empatia, compaixão e um entendimento intuitivo das emoções humanas — qualidades que a IA, apesar de sua sofisticação, não pode replicar plenamente.
Integrar a "sabedoria do coração" na comunicação impulsionada pela IA requer a incorporação de valores éticos no desenvolvimento e implementação de sistemas de IA. Isso significa programar máquinas não apenas para tarefas, mas também para tomadas de decisão éticas que respeitem a dignidade humana e fomentem a interação humana genuína.
Rumo a uma Comunicação Plenamente Humana
Para alcançar uma "comunicação plenamente humana", os sistemas de IA devem ser projetados para complementar as capacidades humanas, garantindo que eles apoiem e não substituam o toque humano. As tecnologias de comunicação devem facilitar conexões mais profundas, promover a compreensão e o respeito entre as pessoas e aumentar nossa capacidade de compaixão e empatia.
Em conclusão, à medida que avançamos ainda mais na era da inteligência artificial, a Igreja nos lembra da necessidade de ancorar nossos avanços tecnológicos nos ensinamentos morais do CIC. Ao abraçar a sabedoria do coração, podemos aproveitar o potencial da IA para contribuir positivamente para a sociedade, garantindo que nossa comunicação permaneça verdadeiramente humana em todas as suas formas. Esse equilíbrio nos permitirá não apenas avançar tecnologicamente, mas também crescer em solidariedade e entendimento mútuo, aproximando-nos cada vez mais da essência do que significa fazer parte de uma família humana comunicativa e conectada. Por fim eu diria: use sem moderação, mas sempre considerando a ética e o respeito para com o próximo que a Igreja nos exige!
Inteligência artificial e sabedoria do coração: 
para uma comunicação plenamente humana

Em Ilhéus, casarão histórico da Rua Conselheiro Dantas vai a leilão

No contexto do debate sobre o estado de abandono dos prédios históricos de Ilhéus, o Serviço de Patrimônio da União (SPU) anunciou que no próximo dia 21 de maio, o Casarão da Rua Conselheiro Dantas, localizado no centro da cidade, vai a leilão por um preço mínimo de R$ 670 mil. O prédio, construído no final do Século 19, sediou, por muitos anos, a Marinha Mercante e o Ministério dos Transportes.
Em 2018, a União cedeu o imóvel ao município de Ilhéus a fim de que ali fosse instalada a Secretaria de Meio Ambiente, o que desoneraria os cofres públicos com os custos de aluguel, o que não ocorreu. O imóvel foi abandonado pelo município e, atualmente, como é de conhecimento público, encontra-se em iminente risco de desabamento.
Por conta do descumprimento do contrato pelo município de Ilhéus, a União promoveu a rescisão do mesmo, de forma unilateral. A advogada do Coletivo Preserva Ilhéus, Marta Serafim, lembra que, em 2021, denunciou aos Ministérios Públicos Estadual e Federal a falta de conservação do patrimônio histórico-arquitetônico da cidade por parte da gestão municipal, na qual incluiu o Casarão da Rua Conselheiro Dantas.
Na ocasião, a marquise lateral do casarão desabou e, por pouco, não feriu pessoas que transitavam naquela rua. O centenário prédio foi construído pelo Coronel Aureliano Brandão Pinto (Tico Pinto). A advogada Marta Serafim, que atua de forma voluntária, lamenta que a destinação do prédio seja o leilão, o que não garante a sua preservação em prol da memória do município.
“Ilhéus perde, mais uma vez, a oportunidade de utilizar o local e de transformá-lo em um ponto de visitação turística, resultado da negligência dos gestores públicos municipais que não vêm cuidando do nosso patrimônio, o que caracteriza Improbidade Administrativa”, alerta Serafim .

AGRAL realiza sessão solene de posse de Novos Membros

Academia Grapiúna de Artes e Letras realiza sessão solene de posse de 04 novos membros efetivos e um membro benemérito, no próximo dia 16 de maio, no Auditório da Torre Administrativa da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), às 16h00min.
Tomarão posse, enquanto membros efetivos:
1. Carlos Alberto de Souza Santana (Carlos Kahê), escritor, para a cadeira 32, cujo patrono é Nestor Carlos Passos Mendes Silva (1912-1991);
2. Emadilson de Jesus Santos, professor, escritor, poeta, para a cadeira 25, cujo patrono é José Dantas de Andrade (1909-2004);
3. Lilian Kazuyo Pinto Hori, advogada, escritora, para a cadeira 19, cujo patrono é Gil Nunesmaia (1913-1993);
4. Renato Afonso Marques de Souza (Renart), artista plástico multidisciplinar, para a cadeira 31, cujo patrono é Minelvino Francisco da Silva (1926-1998).
Na mesma cerimônia, tomará posse, enquanto Membro Benemérito, José Rebouças Souza, médico angiologista e Venerável Mestre da Loja Maçônica 28 de Julho.
O evento contará com a participação do Magnífico Reitor da UESC, Prof. Dr. Alessandro Fernandes de Santana, que também é membro benemérito da AGRAL e grande incentivador de atividades artístico-culturais no Sul da Bahia.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Diário Oficial da União publica licitação para para dragagem no Porto de Ilhéus

Foi publicado na edição de do dia 18 do Diário Oficial da União (DOU) o aviso de licitação, no valor estimado de R$ 27 milhões, para contratação de empresa especializada na execução dos serviços de dragagem marítima, de manutenção nas áreas do canal de acesso interno, bacia de evolução e berços de atracação do Porto Organizado de Ilhéus.
“O Porto de Ilhéus tem uma relação histórica com a cidade. Fizemos uma remodelação no edital anterior, incluindo a dragagem de manutenção, por exemplo, que é um elemento importantíssimo. Assumimos, pegamos toda a documentação e replanejamos. Tivemos que solicitar, inclusive, uma suplementação orçamentária, e para isso, contamos com o apoio do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Essas intervenções vão tornar o Porto mais competitivo, é uma excelente notícia para Ilhéus e região, e para toda a Bahia”, afirmou o diretor presidente da CODEBA, Antonio Gobbo.
As empresas interessadas em executar os serviços já podem requerer o edital, sendo que a abertura de propostas e a sessão de lances estão agendadas para o dia 13 de maio. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (71) 3320-1278 ou pelo endereço eletrônico pregao@codeba.gov.br.

Papa no dia de São José Operário: exemplo que ajuda a sermos firmes na fé

O Papa Francisco ao final da
Audiência Geral na Sala Paulo VI
Andressa Collet - Vatican News - No dia em que a Igreja recorda São José Operário, Francisco se dirigiu aos peregrinos presentes na Audiência Geral para que se inspirem na fé do protetor dos trabalhadores. Aos fiéis de língua portuguesa acrescentou: "peçamos ao Senhor que renove e aumente a nossa fé, para que toda nossa atividade comece por Ele e n’Ele acabe".
No dia da Festa dos Trabalhadores, a Igreja celebra São José Operário, data oficialmente estabelecida por Pio XII em 1º de maio de 1955 para ajudar a não se perder o sentido cristão do trabalho. O Papa Francisco, por várias ocasiões durante a Audiência Geral desta quarta-feira (01), recordou do protetor dos trabalhadores.
Aos fiéis de língua portuguesa presentes na Sala Paulo VI, especialmente aqueles provenientes de Portugal e do Brasil, como os grupos da Família Franciscana e dos municípios paulistas de Pompeia, Itapecerica da Serra e Juquitiba, o Papa falou:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sejam bem-vindos. Que São José Operário os inspire a ritmar cada dia com um trabalho especial: a oração. Nela, antes de mais nada, peçamos ao Senhor que renove e aumente a nossa fé, para que toda nossa atividade comece por Ele e n’Ele acabe. Deus os abençoe!”
Ao recordar de São José carpinteiro, ferreiro e serralheiro, como narram os Evangelhos, que também foi esposo de Maria e pai terreno de Jesus, o Papa Francisco acrescentou:
"Queridos fiéis de língua alemã, hoje lembramos de maneira especial São José, que aceitou prontamente os planos de Deus na sua vida. Que o seu exemplo nos ajude a sermos firmes na fé, que nos dá a certeza de que o Senhor sempre nos acompanha."
A inspiração na Sagrada Família
Aos peregrinos de língua espanhola, o Pontífice reforçou a importância de se inspirar na fé de São José, operário honesto, que com o seu trabalho mantinha a Sagrada Família:
"Que o Senhor, por intercessão de São José Operário, pai na obediência, aumente o nosso dom da fé e nos permita abrir a mente ao seu mistério divino."
Por fim, aos fiéis de língua italiana, o Papa Francisco deixou a sua mensagem para este mês de maio que se inicia:
“Hoje, 1º de maio, com toda a Igreja, comemoramos São José Operário e iniciamos o mês mariano. Portanto, a cada um de vocês, gostaria de propor novamente a Sagrada Família de Nazaré como modelo de comunidade doméstica: uma comunidade de vida, de trabalho e de amor.”

Ilhéus: um patrimônio que desaba

A Constituição brasileira afirma que o Poder Público, junto da comunidade, “deve promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação”.
O texto constitucional fica mais bonito quando, atentos, fazemos memória de museus em chamas, bibliotecas entregues às traças e prédios históricos devorados por cupins ou simplesmente colocados à venda pelo preço do terreno. O Brasil, com as suas diversas leis e as suas várias instâncias para operacionalizar tais leis, é uma vitrine do descaso para com o patrimônio histórico e cultural.
Indo direto ao ponto, o descaso dos gestores locais para com o patrimônio de Ilhéus é estarrecedor. O casarão que abrigou a Sociedade União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéos e desabou na terça-feira é o exemplo mais próximo. No segundo governo de Antônio Olímpio a Fundação Roberto Marinho fez tentativas para restaurar e administrar a União Protetora, mas não deu. Passaram os governos de Jabes Ribeiro, Nilton Lima e Mário Alexandre sem que nada fosse efetivamente feito para a sua desapropriação, apesar do nhém nhém de uma nota divulgada nada justifica o desapreço pelo sítio histórico. Até mesmo a ABI-Sul da Bahia tentou, com a Prefeitura através de convênio, instalar no local as representações profissionais e memórias da cidade. Não foi possível, porque mais do que empenho, faltou vontade política.
Entretanto, foi por vontade política e por determinação, nos governos do Prefeito Jabes Ribeiro -não lembro quais – foram reconstruídos o Teatro Municipal, a Casa de Jorge Amado, o Palácio Paranaguá e o Prédio General Osório, onde foram instaladas a Biblioteca Pública Adonias Filho e o Arquivo Público. O arquivo desapareceu, a Biblioteca sumiu e o prédio está prestes a desabar. Portanto, a desatenção não está atrelada somente às limitações orçamentárias e embaraços da legislação.
Outras unidades valiosas do sítio histórico de Ilhéus passam pelo mesmo descaso: O Casarão da Praça Coronel Pessoa; as casas do Sr Nagib, na Praça J.J. Seabra; O Palácio Episcopal, no Convento da Piedade; e a Igreja Senhora Santana, no distrito de Rio do Engenho e outros estão condenados ao mesmo fim.
É clara a atecnia do prefeito Mário Alexandre para com o patrimônio e a cultura. Porém, cabe a população, principalmente aos ilheuenses, estarem proativos em defesa da sua história, do seu patrimônio e da sua cultura.
Onde está o Museu do Cacau e o seu acervo? Para onde foi o Museu do Mar e da Mata? Aliás, e a Maramata o que fizeram dela? O que fizeram do terreiro de Oxossi (Pedro Farias) no Basílio? e o Museu Sacro da Igreja de São Jorge?
O patrimônio cultural nessa cidade está encaixotado, desapareceu ou desabou. Nem o Instituto Histórico e Geográfico que deveria estar atento, até denunciando e cobrando do Ministério Público estadual está calado.
Segundo o pesquisador Jan Assmann, da universidade de Konstanz, Alemanha, “à primeira vista, a memória parece uma coisa inerte, presa ao passado — a lembrança de algo que aconteceu e ficou parado no tempo. Mas um olhar mais cuidadoso revela que a memória é dinâmica e conecta as três dimensões temporais: ao ser evocada no presente, remete ao passado, mas sempre tendo em vista o futuro”.
Às vésperas de completar 500 anos, por não ter cuidado do seu passado, Ilhéus caminha celeremente para se tornar uma cidade sem futuro. Com a sua gente metamorfoseada numa massa amorfa sem consciência e habilidade sendo refém da percepção alheia. Sim! Qualquer povo que não preserva e procura conhecer sua história, não é dono do seu futuro.

30/04/2024 - Jonildo Glória
Jornalista e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Educação rejeita proposta do governo do Estado e aprova paralisação de 48h

A APLB-Sindicato realizou, nesta quinta-feira (25/04), assembleias regionais em todo o estado, para avaliar a proposta de reajuste do Governo da Bahia – que é de 5,69%, com pagamento fracionado. Por maioria absoluta – mais de 90% -, os (as) trabalhadores (as) da rede estadual de Educação rejeitaram a oferta do Executivo e aprovaram paralisação das atividades por 48 horas, na segunda (29) e na terça-feira (30).
As assembleias também aprovaram a realização de uma manifestação na segunda-feira (29), às 9h, no COI da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. A atividade será em conjunto com a Federação de Entidades de Servidores Públicos do Estado (Fespeba), que inclui, além da APLB, o Sindsaúde, Sinpojud, Sindpoc, Sindsefaz, Sinspeb, Sintest e o Sincontas.
No interior do estado, as manifestações serão nos NTEs de cada região.
Abaixo, o resultado de cada assembleia regional:

Solenidade comemora os 50 anos do Campus da Uesc

A comunidade acadêmica, autoridades e convidados celebraram, nesta quinta-feira (25), com emoção, os 50 anos de fundação do Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). As comemorações tiveram início com o hasteamento das bandeiras acompanhado pela Banda de Música do 2º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (Beic), seguido do descerramento de placas comemorativas.
No auditório do Centro de Arte e Cultura da Universidade, foram exibidos documentários sobre a história da Uesc, produzidos pela Assessoria de Comunicação (Ascom) e pela TV Uesc – projeto do curso de Comunicação Social. Em seguida, foi realizada a entrega dos títulos de Professor Emérito ao diretor-geral da Fespi, Aurélio Farias de Macêdo (1985-1988), e à reitora Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro (2012-2019) e de Doutor Honoris Causa.
A sessão solene do Conselho Universitário também outorgou os títulos de Doutor Honoris Causa ao músico Adalmiro Leôncio da Silva (Sabará), ao fotógrafo e memorialista José Nazal Pacheco Soub e ao artista Clóvis de Figueiredo Leite (Kocó) – in memoriam, criador da Banda Lordão. A cerimônia contou com a participação do irmão de Kocó, José Jorge Leite, da viúva Sônia Leite e as cantoras da Banda Lordão, Cris Mel e Tina Dias.
O reitor e presidente do Consu, Alessandro Fernandes, agradeceu aos conselheiros pela realização da Reunião solene para entrega dos títulos de Professor Emérito Doutor Honoris Causa. Ele frisou que foram descerradas uma placa alusiva ao 50 anos do Campus e outra em homenagem aos fundadores com o agradecimentos a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira Ceplac, responsável pela construção desse campus e ao saudoso agricultor Manoel Nabuco e sua família que doaram 14 hectares, desta área, ajudando, junto com todos os pioneiros, a criar o sonho de uma Universidade.
Agradeceu também, a cada docente, a cada técnico, a cada discente que estudou na Uesc, a cada pedreiro, a cada ajudante de obra que ajudou a construir este Campos. "Somos uma instituição plural e diversa porque temos a grandeza de reconhecer que se constrói uma universidade grande se reconhecemos a grandeza da contribuição de todos."
Ressaltou que "hoje, na região Sul da Bahia, temos a Universidade Federal do Sul da Bahia, os Institutos Federais da Bahia e o IF-Baiano, além de uma variedade faculdades privadas, todas tendo em comum o fato de possuírem em seus quadros docente e de técnicos, profissionais formados pela nossa Uesc. São mais de 40 mil pessoas graduadas pela Uesc, mais de 2.900 médicos diplomados pelo nosso Curso de Medicina e mais de 350 doutores por nós titulados. Portanto, a Universidade Estadual de Santa Cruz, a maior invenção da sociedade grapiúna, está comemorando 50 anos de transformação da vida das pessoas, de transformação da nossa região permitindo que pessoas possam olhar para o horizonte com orgulho do passado, com orgulho do presente, com muito mais orgulho do futuro porque somos Universidade Estadual de Santa Cruz um patrimônio da sociedade baiana e o orgulho de todos nós."
O Campus da Uesc foi inaugurado em 1974, sendo que que parte do terreno foi doada pelo agricultor Joaquim Nabuco, e o restante foi adquirido pela Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), com aporte financeiro também do extinto Instituto de Cacau da Bahia (ICB). As comemorações alusivas ao transcurso dos 50 anos do Campus da Uesc prosseguem até o final do ano.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Jabes Ribeiro participa da missa solene de São Jorge e fala sobre incentivo ao turismo religioso

O ex-prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, por quatro mandatos, compareceu hoje, 23 de abril, à missa solene em ação de graças a São Jorge, padroeiro do município, cuja devoção vem desde 1534, quando foi instalada a Capitania Hereditária de São Jorge dos Ilhéus.
A missa solene foi presidida pelo bispo diocesano Dom Giovanni Cripa e concelebrada por Dom Aldemiro Sena, bispo da Diocese de Guarabira (Paraíba), e contou com a presença de grande número de fiéis, devotos de São Jorge, e autoridades.
Jabes Ribeiro esteve acompanhado por sua esposa, Adryana Ribeiro, pelo deputado estadual Eduardo Sales e pelo presidente do Progressistas em Ilhéus, empresário Cacá Colchões, além de amigos correligionários. O ex-prefeito, que é secretário geral do Progressistas na Bahia, está no cenário como pré-candidato a mais um mandato à frente do município de Ilhéus.
Ribeiro salientou a tradição de quase 500 anos da festa religiosa de São Jorge e disse que as comemorações devem ser fortalecidas inclusive como uma ferramenta para incentivar o turismo religioso no município, a exemplo do ocorre no Estado do Rio de Janeiro.

Hospital Regional Costa do Cacau recebe pacientes em mutirão para tratamento da dor

No último sábado (20) e nesta terça-feira (23), o Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, unidade sob gestão do Instituto Brasileiro da Administração Hospitalar (IBDAH) e integrante da rede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) recebeu pacientes em mutirão para tratamento da dor.
Marcus Puentes, médico ortopedista e clínico intervencionista da dor, lembrou que o Projeto Voluntários da Dor, de abrangência nacional, esteve na unidade hospitalar em 2023. “O Hospital Regional Costa do Cacau, com sua marca registrada de promover ações de saúde, captou essa mensagem que a gente trouxe e decidimos estender esse projeto para um projeto local com a nossa população”, destacou.
O especialista explicou que a ação contempla pacientes da rede pública de Ilhéus e região para cidades que são pactuadas com o município e que já realizam a referência e contrarreferência, tanto através do hospital, quanto da rede de assistência básica.

Adélia Pinheiro lança pré-candidatura à prefeita de Ilhéus no próximo sábado (27)

A médica e professora Adélia Pinheiro, 59 anos, lançará a sua pré-candidatura à prefeita de Ilhéus no próximo sábado (27), às 9h, no Centro de Convenções da cidade, localizado na avenida Soares Lopes. Ex-secretária estadual de Ciência e Tecnologia, de Saúde e de Educação (nos governos de Rui Costa e Jerônimo Rodrigues), Adélia se lança como importante e forte alternativa para a eleição deste ano.
Professora aposentada do curso de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), instituição onde foi reitora por dois mandatos, a pré-candidata pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PC do B) prepara um grande evento para os ilheenses.
Além da população, o encontro terá as presenças da militância e de lideranças locais, de deputados federais e estaduais e de gestores do Governo do Estado da Bahia. A candidatura de Adélia está movimentando o cenário político de Ilhéus. Com vasta experiência e capacidade comprovada por onde passou como gestora, ela poderá ser a primeira mulher a governar Ilhéus, em quase 500 anos de história do município.
“Minha cidade me chama e sinto que este é o momento. Amo ilhéus e toda minha história foi construída aqui. Por isso tenho a certeza de que posso, e devo, contribuir para o seu desenvolvimento”, destaca Adélia Pinheiro. “A cidade precisa de gente nova, com propostas e mentalidade novas, para promover uma transformação e levá-la ao patamar de desenvolvimento social e econômico, com geração de emprego e renda e oportunidade para todos. É isso que a população tanto almeja e merece”.
Plano de Governo Participativo - A pré-candidata destaca as potencialidades da cidade para o turismo, a agricultura, logística e para a indústria, sobretudo de chocolate e de tecnologia da informação. Com um Plano de Governo Participativo (PGP) em construção com diversos segmentos sociais, Adélia planeja uma gestão inovadora, para promover uma virada de chave em Ilhéus.
“Estamos planejando um novo pensar sobre a cidade, com muito estudo e carinho, em um processo de escuta nunca visto por aqui. Acredito que ninguém conhece mais a cidade, os seus problemas e soluções, do que os próprios ilheenses”, garante a médica.
“O desenvolvimento de Ilhéus passa inevitavelmente pela resolução de entraves que há décadas travam os seus avanços. Exemplos disso são os maus serviços prestados nas áreas de transporte, saúde e educação, as debilidades na infraestrutura e o abandono do patrimônio histórico da cidade”.
Trajetória – Filha de um casal de professores, Adélia Pinheiro teve toda sua vida estudantil em Ilhéus. Foi para Salvador estudar medicina na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também fez especialização em Medicina Social e mestrado em Saúde Coletiva. Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), Adélia é professora aposentada do curso de Medicina da UESC, onde foi Reitora nos exercícios 2012-2015 e 2016 -2019. Foi Secretária Estadual de Ciência e Tecnologia; de Saúde entre fevereiro e Dezembro de 2022; e de Educação, de Janeiro de 2023 a abril de 2024.

Bradesco vai fechar agência histórica em Ilhéus (antigo-Baneb)

Pelo Sindicato dos Bancários
O anúncio recente do fechamento da agência 3519, do Bradesco em Ilhéus, outrora conhecida como antigo Baneb gerou revolta entre os bancários e cidadãos do município.
Com 43 anos de história e relevância na comunidade, a decisão da instituição financeira em encerrar as operações na unidade levanta questões sobre qual a prioridade do banco: é só obter lucros ou prestar um serviço à sociedade e atender bem seus clientes?
Enquanto a gerência regional justifica o fechamento alega “performance”, a realidade aponta para um desfalque no atendimento local. A transferência de clientes para a agência 0237, sem considerar o aumento de demanda e tempo de espera, levanta dúvidas sobre a verdadeira preocupação do banco com a qualidade do serviço prestado e condições dignas de trabalho a seus funcionários .
O fechamento da agência 3519, em Ilhéus, não apenas representa um golpe para a comunidade local e para os bancários que trabalham nessa unidade, mas também levanta discussões sobre a responsabilidade social das instituições financeiras.
Enquanto, o Bradesco busca maximizar lucros, a população fica à mercê de decisões que impactam diretamente suas vidas.
O desfecho desta situação promete ser marcado por muita luta, em busca por soluções que atendam tanto aos interesses da população ilheense quanto dos bancários e bancárias que trabalham nessa unidade.
Sem contar, que ao longo dos anos funcionários vestiram a camisa dessa agência bancária e hoje recebe essa notícia triste, lamentável e absurda.
Posicionamento do Sindicato – O Sindicato dos Bancários de Ilhéus, em tom incisivo, repudia a decisão do Bradesco e se prepara para tomar medidas cabíveis.
A convocação de uma reunião com o banco mostra a determinação em defender os direitos dos trabalhadores e dos cidadãos locais, que agora enfrentarão maiores dificuldades no acesso aos serviços bancários.

Projeto TRE em Todo Lugar vai estar em Ilhéus entre os dias 29 de abril.l e 03 de maio.

Projeto disponibiliza serviços ligados à Justiça Eleitoral, como a produção do primeiro título de eleitor
A iniciativa disponibiliza serviços ligados à Justiça Eleitoral, como a produção do primeiro título de eleitor. O atendimento será ofertado no Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, localizado na Avenida ACM, no Malhado. A iniciativa é feita em parceria com o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), do Governo do Estado.
Outros serviços oferecidos são cadastramento biométrico, reimpressão do título, atualização de dados pessoais, regularização de títulos cancelados, verificação de multas eleitorais, mudança de local de votação e outros.
Para ter acesso aos serviços, é necessário apresentar documento com foto e comprovante de residência emitido há, no máximo, três meses. No processo de alistamento eleitoral, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não poderá ser utilizada isoladamente, devendo ser apresentada documentação complementar. O certificado de quitação militar também é requerido para homens que completam 19 anos em 2024.

domingo, 21 de abril de 2024

Fespi-Uesc, a História que é Orgulho de Todos Nós!

Alessandro Fernandes de Santana
Reitor da Uesc
A história da nossa Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), hoje pública e gratuita, tem na sua gênese a marca de nomes indeléveis, pioneiros na implantação do Ensino Superior na Região Sul da Bahia, responsáveis pela implantação do Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, nos idos 1974, aos quais foram somando outros personagens até a atual realidade da Instituição que se mantém como polo indutor do desenvolvimento regional.
A trajetória institucional começou em 1973 com a criação da Fundação da Universidade Santa Cruz, que foi a mantenedora da Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), antecessora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).
O nosso Campus, que completa 50 anos neste 22 de abril, foi inaugurado em 1974, num conjunto de aproximadamente 38 hectares, no bairro Salobrinho, município de Ilhéus, à margem da rodovia Jorge Amado (Br415). Hoje, arborizado e florido, é como se fosse um jardim dentro do próprio jardim, já que o Campus está plantado num fragmento da exuberante Mata Atlântica do Sul da Bahia, mãe da mais rica biodiversidade do Planeta.
Nele, floresceram e florescem pavilhões, prédios, edificações engastadas que brotam saberes e talentos vivos na história. É verdade! O nosso Campus é o jardim onde germinam sementes que florescem a cada dia e encanta a quem por ele passa, aguçando a inspiração dos poetas.
“Este é um campo de paz”, exaltou a saudosa professora, filósofa e poetisa Valdelice Soares Pinheiro, no seu clássico “Poema de primavera e paz”, que também diz: “aqui, de todos os dedos brotarão sementes e flores próximas anunciarão novos olhos”. Para outros, “é o jardim onde floresce o conhecimento e a liberdade”.
Com uma belíssima e envolvente História, o Campus Professor Soane Nazaré de Andrade é muito mais do que uma estrutura física, muito mais do que um território em que protagonistas diversos construem, erguem, produzem, dialogam, transformam, defendem ideias e ideais e entretecem o mundo e o tempo com sonhos e fazeres.
A Ceplac, outra grande conquista regional, foi o nosso grande alicerce, suporte essencial para a construção das primeiras edificações. À época, a Ceplac era a força da Região Cacaueira, cuja gestão não hesitou a dar passos na direção da formação acadêmica, para os seus e para os que aqui chegam! Nesta data, ao tempo em que saudamos a história, pedimos a todos, principalmente aos mais jovens, que guardem na memória os nomes e as ações de iluminados utopistas que construíram e constroem, todo dia, um novo capítulo da história da Fespi-Uesc.
Ao vivermos este legado, nossa eterna gratidão à família do agricultor Manoel Fontes Nabuco pela doação de 14 hectares desta área, e aos homens visionários, como Amilton Ignácio de Castro, Érito Machado, Fabio Dantas, Francolino Neto, Flávio Simões, Gileno Amado, Henrique Cardoso, Jorge Fialho, José Cândido de Carvalho Filho, João Batista Alves de Macedo, Joel Brandão de Oliveira, Wilson Rosa da Silva e ao idealista e sonhador Soane Nazaré de Andrade, o primeiro Diretor-Geral da Instituição.
Não podemos deixar de reconhecer o papel exercido pelos diretores da precursora Fespi, Aurélio Macedo e Altamirando Marques. A primeira reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz Reneè Albagli Nogueira, Joaquim Bastos, Adélia Pinheiro e Evandro Sena Freire. Todos ajudaram a fazer a Uesc que temos hoje, pujante na universalidade do conhecimento. Nos orgulhamos, da mesma forma, do empenho da comunidade acadêmica - professores, técnicos-administrativos, estudantes e terceirizados - que até a atualidade desempenham um trabalho valoroso em benefício da sociedade regional, com inserção nacional e internacional.
A nossa Uesc tem importância ímpar nos aspectos de formação, tanto profissional, acadêmica e intelectual, de todas as pessoas que colheu ofertando ensino, pesquisa e extensão. Afinal, ao longo do período de existência institucional, foram graduados e colocados à disposição do mercado de trabalho, mais de 40 mil profissionais. Em todos os municípios desta região há profissionais que foram formados nesta instituição, viveram e concretizaram seus sonhos neste Campus. Muitos deles, hoje, exercendo cargos importantes para o desenvolvimento do Bahia, do Brasil e em outros países.
Temos um orçamento de aproximadamente R$ 400 milhões/ano, cujos recursos circulam na própria região, seja através da folha de pagamento de pessoal, ou através de compras nas empresas locais. A nossa Universidade também impulsiona o setor imobiliário, através dos servidores docentes, administrativos e dos discentes, que aqui vêm morar, e alugam ou compram imóveis.
Sabemos da dimensão da importância de nossa Universidade ao perceber o seu papel na contribuição para o desenvolvimento regional e estadual, através das atividades finalísticas - Ensino Pesquisa, Extensão e Inovação - que fazem a Uesc ser reconhecida como uma instituição pujante, com produção científica e social em todas as áreas do conhecimento, o que muito nos orgulha.
Portanto, trabalhemos todos juntos para que novas conquistas se efetivem por meio do conhecimento, da competência e da inovação, como células de uma Universidade cada vez mais democrática, diversa, inclusiva e humanizada. A história nos dá motivo para nos sentirmos honrados pelo passado, orgulhosos do presente e construtores de um futuro sustentável.

'Cometa do Diabo' poderá ser visto hoje em todo o Brasil

O cometa 12P/Pons-Brooks, mais conhecido como "Cometa do Diabo", poderá ser visto no Brasil e no restante do Hemisfério Sul neste domingo (21). O objeto demora cerca de 71,3 anos para completar uma volta em torno do Sol.
No dia 21 de abril, ele ficará mais visível, pois estará no ponto mais próximo do Sol. Desde o dia 7 de abril, observadores estão acompanhando a passagem do corpo celeste na Região Nordeste, já que os estados localizados mais ao Norte do país serão os primeiros a ver o cometa no céu.
De acordo com o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, não será possível ver o Cometa do Diabo a olho nu por causa da intensidade do brilho, o que não pode ser previsto. Desta forma, é preciso usar aparelhos, como binóculos e telescópios. O melhor horário para observação será entre 17h40 e 18h30.
“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível logo após o pôr do Sol, primeiramente abaixo da Constelação de Touro, e a partir de maio, abaixo da Constelação de Órion, sempre por volta das 17h40 às 18h30. A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de cerca de 15 graus”, explica o astrônomo.
No dia 2 de junho, o Cometa do Diabo ficará bem perto da Terra, porém a visibilidade não será boa.
O 12P/Pons-Brooks é um cometa tipo Halley, ou seja, de curta duração entre 20 e 200 anos (os de longa duração podem existir por milhares de anos). Foi descoberto a primeira vez, em 1812, pelo francês Jean-Louis Pons. Depois, em 1883, foi redescoberto de forma independente pelo inglês William Robert Brooks.
O nome Cometa do Diabo surgiu somente em 20 de julho de 2023 após registros feitos pelo astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria.
“O astrônomo percebeu que o cometa estava consideravelmente mais brilhante, pois provavelmente havia sofrido alguma explosão ou ‘outburst’, isto é, uma liberação de gás e poeira de forma inesperada que fez com que o seu brilho aumentasse bastante. Essa explosão cometária também distorceu a coma [nuvem ao redor do cometa] em forma de ferradura ou chifres e, por isso, muitos meios de comunicação apelidaram o objeto de ‘Cometa do Diabo’”, disse Filipe Monteiro.
O nome não tem relação com algo maligno, alerta o Observatório Nacional.
De acordo com o Observatório Nacional, o cometa também é comparado à nave Millennium Falcon, da franquia Star Wars, por aparentar ter "chifres" em seu formato. Por isso, astrônomos estão investigando como os tais "chifres" surgiram.
"Uma das hipóteses, por exemplo, é a de que o cometa esteja expelindo gás e poeira de forma desigual. Talvez haja uma área da superfície que não está liberando vapor, enquanto as áreas de cada lado estão sublimando gelos. Ou talvez seja um efeito de sombra, onde material mais denso ou até a topografia no centro do cometa parece bloquear parte do material brilhante atrás dele do nosso ponto de vista", diz a nota do órgão.
Cometas são objetos compostos por gases congelados, rocha e poeira. Quando se aproximam do Sol, se tornam ativos porque o calor aquece o cometa e o gelo se transforma em gás. A partir daí, uma nuvem é formada ao redor do cometa, chamada de coma.
* Com informações do Observatório Nacional

Governo Federal faz parceria com a Bahia para fazer contorno viário em Ilhéus

Durante entrevista na manhã desta quinta-feira (18), para a rádio Interativa FM de Itabuna, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou os investimentos do Governo Federal na região Sul da Bahia por meio do Novo PAC. Na ocasião, Costa sinalizou que uma nova parceria entre o Governo Federal e o estado baiano está a caminho. Ao citar a obra da rodovia Ilhéus-Itabuna, sob execução do Governo do Estado, ele revelou que os dois entes devem concretizar um novo acordo.
“Tenho acompanhado com o governador Jerônimo e a previsão é de que a obra seja concluída esse ano. Parte da extensão da rodovia passa por dentro da cidade de Ilhéus e faremos uma nova parceria com o Governo da Bahia para que essa estrada, ao chegar em Ilhéus, tenha um Contorno Sul, para ligar direto às praias daquela região, sem precisar passar pelo centro da cidade. E teremos outro contorno, para o Litoral Norte, que além de melhorar o trânsito, torna mais fácil a vida de quem quer ir para as praias, de Itacaré, por exemplo, e outras cidades. Essa ação complementa o investimento que o Governo do Estado está fazendo de duplicação das duas estradas”, revelou.
Segundo o ministro, o Contorno Norte será executado pelo Governo Federal e o Sul pelo Governo da Bahia. A expectativa é de que, na ocasião da inauguração da rodovia, seja dada ordem de serviço para execução dos dois contornos. O projeto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para o Contorno Norte, incluído Novo PAC, já foi entregue pelo Estado e está em fase de análise pelo Governo Federal. “São obras importantes que irão melhorar muito o trânsito, a mobilidade e facilitar o acesso às praias do litoral baiano. Portanto, quanto mais facilidade e segurança nas estradas, melhor para o estímulo ao turismo, emprego e melhoria da renda no Sul da Bahia”, destacou Rui Costa.