Foi lançado pela ministra chefe da Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial (Seppir), no dia 21, o Ano afrodescendente no Brasil. O lançamento da campanha marca também os oito anos de criação da Seppir e o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, comemorado no dia 21 de março, que lembra as vítimas do massacre de Shapeville na África do Sul, mortas enquanto realizavam um protesto pacífico contra o regime de segregação racial.
O lançamento da Campanha no Brasil se justifica pelo alto número da população negra no país que é maior do planeta (e primeira fora do continente africano), este ano é a ocasião para chamar atenção para as persistentes desigualdades que ainda afetam esta parte importante da população brasileira.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, 51,1% dos brasileiros se reconhecem como "pretos" ou "pardos". Significa que mais da metade de população brasileira tem descendência africana.
2011, Ano do afrodescendente
O ano Internacional do Afrodescendente foi declarado pelo Órgão das Nações Unidas. O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, explicou o objetivo da iniciativa. Segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.
Por ocasião do lançamento o secretário geral fez um apelo para que a comunidade internacional se empenhe em garantir aos afrodescendentes direitos fundamentais como a saúde e a educação: “Vamos todos intensificar os nossos esforços para assegurar que os povos afrodescendentes possam gozar de todos os seus direitos”.
Ban lembrou ainda as metas de integração e promoção da equidade racial estabelecidas pelos países-membros da ONU na Conferência de Durban, em 2001. O compromisso foi reiterado no ano passado, na Conferência de Revisão de Durban, realizada entre 20 e 24 de abril de 2009 em Genebra (Suíça).
A homenagem aos povos de origem africana foi uma iniciativa da Assembleia Geral da ONU, em reconhecimento da necessidade de se combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais.
Os afrodescendentes estão entre as comunidades "mais afetadas pelo racismo" e "enfrentam demasiadas vezes restrição de acesso a serviços básicos, como saúde e educação de qualidade”, afirmou o secretário geral da ONU. "A comunidade internacional não pode aceitar que comunidades inteiras sejam marginalizadas por causa da sua cor de pele", afirmou.
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