Alunos da Piedade vão à África

Com o Programa de Educação Global, a Piedade promove a
integração entre as escolas Ursulinas de diversas partes do mundo

Mais um grupo do Instituto N. S. da Piedade, formado por treze alunos e dois professores, embarca, no próximo dia 26 de abril, para a África do Sul, cumprindo nova etapa do projeto de intercâmbio promovido pelo Programa de Educação Global da escola ilheense. 

Os alunos participam de uma excursão cultural na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul, e assistem aulas, durante duas semanas, em escolas ursulinas de Krusgersdorp (centro pioneiro de mineração) e Joanesburgo, maior cidade do país. 

O Programa de Educação Global, iniciado em 2008, promove a integração entre escolas Ursulinas de diversas partes do mundo. Os estudantes da Piedade já tiveram a oportunidade de conhecer cidades como Nova Iorque e Dallas, nos Estados Unidos, e agora partem para a África, onde terão condições de vivenciar uma realidade exuberante, com aspectos históricos importantes para a compreensão da formação cultural do povo brasileiro. 

A Piedade mantém contato com algumas escolas na Europa e vem trocando correspondência com a escola ursulina de Bielefeld, na Alemanha, para a montagem de uma nova frente de intercâmbio para 2012.

Educação Global - Sobre os objetivos e as perspectivas do projeto de internacionalização do processo de educação desenvolvido pelas irmãs ursulinas, o professor Ramayana Vargens, coordenador de Educação Global da Piedade, destaca que “Em 2006, a Piedade participou de um encontro internacional das Escolas Ursulinas, no Rio, no qual colégios da rede ursulina de diversas partes do mundo definiram como prioridade desenvolver ações conjuntas que conduzissem a Educação para a atualidade de um mundo globalizado e integrado online através das redes sociais e demais recursos da internet.” 

- Naquela ocasião, Ficou claro que os estudantes ursulinos (por sua formação cristã voltada para a construção de uma cultura planetária de Justiça e Paz) teriam uma contribuição efetiva para a formação de uma consciência solidária que mobilizasse a juventude para uma atuação positiva em prol de um mundo mais igualitário e equilibrado. 

O professor lembra que “em 2008, a Piedade montou a primeira experiência com a Academia Ursulina de Dallas, nos Estados Unidos. Mandamos 19 alunos e quatro professores para aquela escola no Texas, passando antes por uma excursão cultural em Nova Iorque. O resultado foi maravilhoso. Nossos estudantes tiveram um grande amadurecimento e melhoraram significativamente o seu rendimento escolar – além de conquistarem uma visão mais ampla e atualizada sobre o mundo que vivemos hoje.” 

O intercâmbio com Dallas foi consolidado e, nos anos seguintes, já enviamos mais duas turmas de alunos para lá e já recebemos dois grupos de estudantes americanas em nossa escola. 

De acordo com o professor Ramayana Vargens “a idéia principal do programa é constatar que, hoje, a grande e verdadeira sala de aula é o mundo. O intercâmbio – além das possibilidades de ampliação do conhecimento - é uma importante etapa na formação do indivíduo, preparando o jovem para conviver, entender e aceitar o que é diferente e, dentro dos princípios de Santa Ângela, trabalhar para a construção de uma humanidade mais justa e igualitária.” 

“Vivemos numa época em que há a necessidade urgente de se estabelecer uma ética com mais respeito ao ser humano e de se estabelecer novas formas de conviver com a natureza. O futuro exige que se faça o resgate dos valores de dignidade e compaixão.” Justifica. Segundo o coordenador do Programa Educação Global, “o Intercâmbio Cultural da Piedade tem tido efeitos tão positivos na comunidade estudantil e suas famílias (que hospedam os estudantes estrangeiros e, por isso, também passam por experiências transformadoras) que não podíamos ficar apenas com uma escola (Dallas) em nosso programa de viagens ao exterior. Buscamos novas instituições nos Estados Unidos (mais três escolas em outras cidades norte-americanas) e estamos levando a primeira turma da Piedade para uma etapa na África do Sul. Estamos em entendimentos com escolas das Europa e, no próximo ano, possivelmente, estaremos iniciando nossa experiência na Alemanha”. Conclui o professor Ramaya