Uma das maiores empresas do mundo, a General Electric (GE) assinou nesta segunda-feira (3), na Governadoria, em Salvador, um protocolo de intenções com o Estado para instalação de uma unidade industrial para fabricação de aerogeradores. O investimento, de R$ 45 milhões, vai criar 80 empregos diretos.
O governador Jaques Wagner afirmou que a capacidade baiana para a produção de energia eólica é muito alta. “Seremos o segundo estado do Brasil em potencial energético dessa natureza, com vários parques se instalando, e isso traz a cadeia produtiva, porque há um motivo para a presença dessas empresas”.
Segundo ele, a GE já é a terceira empresa a aproveitar o potencial baiano. “É uma bandeira muito forte e consolidada, que vai fazer na Bahia a peça central, o aerogerador. Isso vai baratear o custo de quem vem se instalar para novos parques de energia eólica e empregar mais gente. O resultado é muito bom, e o Estado tem feito esse esforço para criar mais emprego, mais renda e melhoria de vida para todos”.
Presidente e CEO da GE Energy América Latina, Marcelo Soares declarou que a localização do empreendimento não está definida e disse que “os ventos da Bahia são muito bons, fortes, frequentes, em uma região bastante grande”. E destacou a receptividade e o profissionalismo da equipe de governo. “Com respostas rápidas e regras claras, o baiano é bom de trabalho, e tudo isso animou a GE a trazer a fábrica para cá”.
Soares explicou que a empresa pretende ampliar os investimentos no estado. “Estamos vindo animados com a possibilidade de fazer mais negócios na Bahia. É uma tendência da empresa fabricar mais coisas onde vendemos nossos produtos e nossos serviços”. Para ele, a localização geográfica do estado também é estratégica para a logística, “pois facilita a distribuição da produção para o Sudeste, para o Norte e para o Nordeste do país”.
Adensamento da cadeia produtiva beneficia segmento
No final do mês de novembro, vai entrar em operação o primeiro parque eólico da Bahia, instalado na cidade de Brotas de Macaúbas, na Chapada Diamantina. Com outros 51 em andamento, o estado lidera o número de projetos nesse setor. A previsão é que 18 novos empreendimentos entrem em operação até o final de 2012 e formem o principal polo eólico do Brasil.
“O adensamento da cadeia produtiva é muito interessante para a GE, porque, havendo fornecedores locais, o custo da logística melhora, e o tempo de resposta também. Todo mundo ganha, e há várias empresas com a intenção de se instalar no estado. Vejo isso com bons olhos”, ressaltou Soares.
O secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, lembrou que a GE é a mais antiga empresa de energia do mundo, criada por Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica, e que vem completar essa cadeia de fornecedores para geradores eólicos. “Temos mais duas empresas para chegar este mês. Já temos fabricantes de pás, de torres, e com isso vamos transformar a Bahia no maior polo produtor de energia eólica da América Latina. É mais energia limpa a partir desses projetos, que vão fazer a diferença na qualidade e no preço”.
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