quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Clima de tensão aumenta na Assembleia Legislativa


Policias e bombeiros militares estão no prédio
desde o último dia 31 de janeiro

Um grupo de manifestantes tentou entrar no Centro Administrativo da Bahia e foi contido pelo Exército, o que causou princípio de confusão na noite desta quarta-feira (8). Os militares chegaram a usar gás de pimenta para conter os manifestantes, que eram incentivados pelo grupo que já está dentro do CAB.
Depois de um dia sem negociações e com o impasse sobre os rumos da greve parcial dos policiais e bombeiros militares, o clima de tensão voltou a aumentar na Assembleia Legislativa.
O prédio da Assembleia, que está ocupado pelos manifestantes desde o último dia 31 de janeiro, voltou a ficar sem luz e os grevistas seguem com palavras de ordem. Ambulâncias do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) também chegaram ao local.
Além das ambulâncias, o número de viaturas da Polícia Federal também aumentou. Mais cedo, em entrevista concedida para uma rádio local, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, declarou que a situação da greve da Polícia Militar da Bahia estará resolvida nas próximas horas. Ele disse que o líder do movimento, Marco Prisco, terá mandado de prisão cumprido.

“A sociedade não pode ficar refém e vítima. A população baiana não aguenta mais”, afirmou.
Cerca de 400 homens do Exército passaram a reforçar a segurança nos arredores da Assembleia Legislativa da Bahia, segundo a Secretaria de Comunicação. Agora, são 1.400 homens trabalhando no local. A Força Nacional também aumentou seu contingente de 20 para 50 homens. Há ainda 200 policiais militares ajudando na segurança do local.
Segundo informações do tenente-coronel Márcio Cunha, assessor de imprensa da VI Região Militar, o policiamento de Salvador não ficou prejudicado por conta do reforço na Alba. "Tivemos ações hoje do Exército em Itapuã, onde uma tropa do Exército de Recife debelou um início de arrastão. Houve também patrulhamento feito por fuzileiros navais em Periperi e a retomada das atividades normais de trânsito na cidade", disse.
Ainda segundo o assessor, nenhum dos manifestantes está privado de se alimentar ou ter atendimento médico, mas para isso é preciso sair da Alba. Do lado de fora da assembleia, estão três ambulâncias UTI e médicos.

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