quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Diário da CNBB

REFLEXÃO
Todos nós somos capazes de ver a influência que a sociedade exerce sobre o comportamento das pessoas e muitas vezes ouvimos pessoas que querem responsabilizar outras pessoas ou a sociedade pelos seus próprios atos. Jesus, no Evangelho de hoje, nos mostra que, na verdade, a responsabilidade do ato compete à própria pessoa, pois a pessoa age de acordo com os valores ou desvios que estão presentes no seu coração. É claro que existe a influência do meio, mas ela só determina a vida da pessoa se encontra eco no seu coração, caso contrário, a pessoa rejeita essa influência.
NOTÍCIAS
Bispos do mundo pedem perdão por abusos e omissões em casos de pedofilia
Lançada a logomarca oficial da JMJ Rio2013
Padre Elias Wolff fala sobre o 3º Simpósio de Ecumenismo
Arcebispo de Salvador divulga nota sobre greve da Polícia Militar na Bahia
Começa o Curso Anual dos Bispos, no Rio de Janeiro
Bispo emérito de Barretos está internado na UTI
Bispos do mundo pedem perdão por abusos e omissões em casos de pedofilia
Integrantes de Conferências Episcopais de todo o mundo que participam nestes dias do simpósio “Rumo à cura e à renovação” na Pontifícia Universidade Gregoriana, se uniram terça-feira, 7 de fevereiro, em uma vigília de oração penitencial na igreja de Santo Inácio, presidida pelo Cardeal-Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet. Os bispos, de mais de cem países dos cinco continentes, pediram perdão pela ‘tragédia’ e o ‘crime’ dos abusos sexuais cometidos por padres e não contrapostos por seus superiores.
A cerimônia começou com uma procissão silenciosa e se encerrou com uma declaração simbólica de arrependimento por parte de sete representantes de membros da Igreja que enfrentaram de modo inadequado o problema da pedofilia: um bispo, um educador, um superior, um sacerdote, um genitor, um fiel e um cardeal (o próprio Dom Ouellet).
Na conclusão, uma senhora irlandesa que quando adolescente foi vítima de abusos, Marie Collins, tomou a palavra diante da cruz e em nome das vítimas, rezou: “Senhor, ofendido pelos homens, homem de dores, para nós é difícil perdoar aqueles que nos fizeram mal; somente a tua graça pode nos conceder este dom; pedimos-te a força de unir-nos ao perdão que da cruz fizeste descer sobre a humanidade pecadora como um consolo, para que a tua Igreja seja curada também com o nosso perdão. Perdoa-lhes”. E o coro entoou o 'Kyrie eleison'.

Lançada a logomarca oficial da JMJ Rio2013
Na noite dessa terça-feira, 7 de fevereiro, foi lançada a logomarca oficial da próxima Jornada Mundial da Juventude. O evento contou com a presença de padres, bispos, leigos, autoridades do estado, inclusive, com o Governador do Rio, Sérgio Cabral. Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, falou a respeito do processo de seleção e da importância de se levar um evento como a JMJ para o Brasil e, especialmente, para a cidade carioca. O design da marca é alegre, colorido e possui as cores do Brasil. A JMJ 2013 será realizada de 23 a 28 de julho de 2013, na capital fluminense, e atrairá jovens de todo o mundo para o encontro com o Papa Bento XVI.
O lançamento contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, do prefeito da cidade, Eduardo Paes, do presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Dom Raymundo Damasceno, do secretário da Congregação para os Bispos no Vaticano, Dom Lorenzo Baldisseri, e de cerca de 100 bispos do Brasil e exterior, além de diversas autoridades e representantes da sociedade.
O diretor geral da Promocat Marketing Integrado e responsável pelas negociações com a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e com a Arquidiocese do Rio de Janeiro para a realização da feira ExpoCatólica como evento oficial da JMJ 2013, Fábio Castro, elogiou a logo selecionada por possuir tecnicamente todos os elementos necessários para que a logomarca componha de forma eficaz a identidade visual do evento. “Foi uma escolha assertiva, uma logotipia leve, com traços suaves e, ao mesmo tempo, modernos”, disse.
Na logomarca foi utilizada a imagem do Cristo Redentor juntamente com as cores da bandeira nacional. “Não poderiam deixar de fora o maior símbolo da Brasil que também é católico e da Igreja Católica”. Na marca há o detalhe do coração, que remete imediatamente ao coração de Cristo, acolhedor e gratuito, simples e direto. “É uma marca que traz em si várias mensagens cristãs, basta um olhar amplo” concluiu Castro.
A JMJ, em 2013, deve trazer ao país, de acordo com o Ministério do Turismo, entre 1,5 milhão e dois milhões de turistas, de mais de 170 países. "Jovens de todos os continentes vão vir para o Rio de Janeiro. Será um evento marcante e o Governo do Estado vai trabalhar para que a nossa Jornada seja a melhor da história", disse o governador Sérgio Cabral.O prefeito da cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes acredita que o encontro aquecerá a economia da região. "A cidade tem a oportunidade de fazer uma das melhores Jornadas de todos os tempos. Temos a chance de aquecer nossa economia e aumentar os números do nosso turismo”, afirmou.
A última JMJ teve Madri como sede, e foi beneficiada com mais de 354 milhões de euros. A comunidade de Madrid estimou que a JMJ gerou um incremento de 147 milhões de euros no Produto Interno Bruto da localidade. "Quando estive em Madri fiquei maravilhado com tudo que aconteceu lá. O evento tem um padrão diferenciado, a cidade estava lotada.", lembrou Eduardo Paes.O processo de seleçãoPara selecionar a logomarca foi lançado no dia 27 de setembro de 2011 com o edital do concurso para escolher o símbolo da JMJ. Mais de 200 trabalhos enviados de todas as partes do mundo chegaram ao Comitê Organizador Local (COL) e demonstraram, além de criatividade e técnica, a força da fé e da alegria da juventude católica. No dia 31 de outubro, começou o processo de seleção. As logomarcas foram avaliadas por um grupo de designers, por uma comissão do Setor Juventude e também pelos setores pastoral e presidência do COL. Em 13 de dezembro duas logos finalistas foram apresentadas ao Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), em Roma, que escolheu a vencedora em comum acordo com os representantes do Comitê Organizador Local.

Padre Elias Wolff fala sobre o 3º Simpósio de Ecumenismo
A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estará realizando, de 10 a 12 de fevereiro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o 3º Simpósio sobre Ecumenismo e o 15º Encontro de Professores de Ecumenismo e de Diálogo Interreligioso. O tema do evento é “A Diversidade Religiosa no Brasil”, e conta com a assessoria de cientistas das religiões e teólogos.
“O crescente pluralismo eclesial e religioso da nossa sociedade, apresentam a necessidade de desenvolvermos posturas de respeito, acolhida, diálogo e cooperação ecumênica e interreligiosa. Para tanto, faz-se necessária uma adequada formação, capaz de aprofundar o conhecimento sobre o diálogo já realizado, bem como compreender as exigências e as possibilidades para a continuidade do diálogo ecumênico e interreligioso no Brasil”, diz o assessor da Comissão da CNBB, padre Elias Wolff.
Um dos principais objetivos do Simpósio e do Encontro dos Professores, é compreender os aspectos determinantes do pluralismo eclesial e religioso no Brasil; Capacitar agentes de pastoral para o diálogo ecumênico e interreligioso e formar professores do ensino religioso em escolas públicas e particulares.

Arcebispo de Salvador divulga nota sobre greve da Polícia Militar na Bahia
A arquidiocese de Salvador (BA) emitiu ontem, 7, uma nota sobre a greve dos policiais militares do estado da Bahia. O arcebispo metropolitano, dom Murilo Krieger, participou, como intermediador, das negociações entre grevistas e governo do estado.
Dom Murilo falou de seu papel como intermediador e no fim fez um apelo: “Como mediador, não me cabe falar do resultado das negociações. O que posso assegurar é que não me alinhei com nenhuma das partes, porque meu compromisso era e é com o povo da Bahia. A Bahia quer paz; a Bahia precisa de paz; a Bahia tem direito de ter paz. Por isso, venho agora conclamar todos  - isto é, Governo, associações de militares, homens e mulheres de boa vontade – para, juntos, construirmos a paz”, disse o Primaz do Brasil.
Leia agora a íntegra da mensagem de dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador:
Nota oficial da arquidiocese de Salvador da Bahia sobre a greve de parte dos policiais militares do estado
Diante dos tristes acontecimentos dos últimos dias, que tiraram a paz da cidade de Salvador e do Estado da Bahia, senti-me na obrigação de colocar-me à disposição tanto do Governo do Estado como das entidades representativas das diversas associações que congregam militares da Polícia Militar para, pelo diálogo, se conseguir a conciliação.
Aceita minha mediação, coloquei minha casa à disposição de todos para os encontros que, em horas assim, se fazem necessários. Minha oferta foi acolhida e, praticamente ao longo de vinte e quatro horas, ali estive reunido com tais representantes.Como mediador, não me cabe falar do resultado das negociações. O que posso lhes assegurar é que não me alinhei com nenhuma das partes, porque meu compromisso era e é com o povo da Bahia.
A Bahia quer paz; a Bahia precisa de paz; a Bahia tem direito de ter paz. Por isso, venho agora conclamar todos  - isto é, Governo, associações de militares, homens e mulheres de boa vontade – para, juntos, construirmos a paz. A paz é um dom de Deus e, por isso, devemos pedi-la; mas a paz é, também, fruto de nosso trabalho. Foi isso que afirmou Jesus no Sermão da Montanha: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Em vista do retorno à vida normal em nossas cidades, peço a você, meu amigo, minha amiga: desarme seu coração. Quem exige um desarmamento total, e não só dos corações, é o bem comum, é o bem da sociedade baiana. Nestes meus dez meses de Bahia, descobri que o povo baiano é acolhedor, é trabalhador e festivo; é um povo pacífico por natureza. Esse povo merece o melhor de nossos esforços e toda a nossa dedicação. Na luta pela paz não há vencidos nem vencedores: há irmãos e irmãs que merecem o respeito de todos.
Peçamos a Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, que derrame sobre nós a sua paz; que ele nos dê o dom da sabedoria, para escolhermos o bem; e que nos dê a capacidade de, juntos, construirmos a paz.
Salvador, 7 de fevereiro de 2012.
Dom Murilo S. R. Krieger, scjArcebispo de São Salvador da Bahia / Primaz do Brasil

Começa o Curso Anual dos Bispos, no Rio de Janeiro
A solenidade de abertura do Curso Anual dos Bispos do Brasil aconteceu na segunda-feira, 6, no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro. Durante a abertura oficial, o arcebispo metropolitano, dom Orani João Tempesta, ressaltou a importância de reencontrar amigos e de partilhar a vida para gerar um ânimo novo ao ministério episcopal.
“Esse é um curso que pretende ser de convivência, de fraternidade, de atualização, de partilha e de descanso também. É muito bom estarmos juntos. Cada vez que nós nos reunimos, não só por aquilo que escutamos, mas especialmente pelo que nós convivemos, nos ajudamos a crescer e nos tornamos muito mais amigos, além da coletividade que nos une”, disse dom Orani.
A mesa de abertura foi composta pelo bispo auxiliar emérito do Rio de Janeiro e organizador do evento, dom Karl Josef Romer, e pelos conferencistas: arcebispo de Kinshasa, no Congo, cardeal Laurent Monsengwo Pasinya; presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch e o secretário da Congregação para a Educação Católica, dom Jean-Louis Bruguès. Com mais de 100 bispos inscritos de todo o país, o encontro tem como tema principal os “50 anos após o Concílio Vaticano II – Novo Dinamismo e Novas Interrogações para a Igreja”. As conferências vão abordar três documentos do Concílio: “Palavra de Deus”, “Ecumenismo” e “Ensino das Instituições Católicas”.
“Agradecemos muito a Deus por poder oferecer aos bispos do Brasil esse encontro anual, e a nossa intenção é dar continuidade ao que Dom Eugenio Sales começou. Espero que na vida e no ministério de cada um de vocês os frutos sejam abundantes”, afirmou dom Orani.
Segundo dia
O segundo dia do Curso para Bispos teve início às 7h com a missa presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.
As duas primeiras conferências de ontem, 7, foram ministradas pelo arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, que falou sobre a “Revelação na história”, à luz da Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina (Dei Verbum).
No início da tarde, os bispos reunidos ouviram a palestra do Secretário da Congregação para a Educação Católica, dom Jean-Louis Bruguès. Dom Bruguès iniciou sua reflexão sobre o assunto a Declaração Conciliar “Gravissimum educationis”. Em sua primeira colocação, aprofundou o contexto da elaboração e do conteúdo do documento conciliar. Frisou que hoje, 50 anos após o Concílio Vaticano II, o mundo vive novamente um tempo de emergência educativa, mas que em nenhum momento a Igreja deixou de desenvolver o seu ensinamento e a sua obra no campo educativo.
Após abordar o contexto histórico, fazendo uma ampla análise do período preparatório e dos anos de reunião do Concílio, o bispo fez uma exposição detalhada das partes da “Gravissimum educationis”, destacando os temas da educação da pessoa num contexto de abertura ao mundo contemporâneo e na sua integralidade; da passagem da escola instituição à comunidade educativa para servir a pessoa; e sobre a missão dos professores.

Bispo emérito de Barretos está internado na UTI
O estado de saúde do primeiro bispo emérito da diocese de Barretos (SP), dom Pedro Fré, de 87 anos, volta a preocupar. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Guaratinguetá (SP) desde o dia 29 de janeiro. Ele foi internado com infecção urinária e agora apresenta pneumonia.
Segundo dom Edmilson Caetano, bispo de Barretos, que conversou com religiosos da Comunidade Redentorista do Santuário de Aparecida (SP), onde ele reside, o estado de dom Fré é grave.
No ano passado o bispo emérito passou por uma cirurgia de hérnia e também apresentou infecção pulmonar. O religioso chegou a ser internado duas vezes na UTI do hospital TotalCor em São Paulo.
Dom Pedro Fré foi bispo de Barretos de 1990 a 2000, quando sua renuncia foi aceita pelo então Papa João Paulo II.

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