quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Diário da CNBB

REFLEXÃO
A pessoa de fé é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma positiva aos seus apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de Deus e procura responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida, ela é constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa da sua vida e do seu projeto de amor e, consequentemente, não se beneficia de tudo aquilo que ele nos concede.
NOTÍCIAS
Setores da CNBB se juntam na criação do “Núcleo Estudantes Internacionais”
Secretario geral da CNBB percorre comunidades Guarani Kaiowa e se pronuncia nesta terça-feira
Com apoio da Igreja, casos de hanseníase caem 15% em um ano
Bispos do CELAM preocupados com a situação dos haitianos no Brasil
CNBB participa de debate sobre Código Florestal no Fórum Social Temático
“Como ser um nó na rede do Setor Universidades?”, questiona a assessora da CNBB, em reunião
Pastoral Familiar prepara lançamento de seu novo site
Dom Décio Sossai Zandonade completa 15 anos de episcopado
São Paulo prepara missa pelos 10 anos de episcopado de dom Odilo Pedro Scherer
Nota do arcebispo do Rio de Janeiro sobre o desabamento dos prédios no centro da cidade
Curso para Bispos deve começar em fevereiro

Setores da CNBB se juntam na criação do “Núcleo Estudantes Internacionais”
A partir da realização do 3º Congresso Mundial de Pastoral para os Estudantes Internacionais, que aconteceu de 31 de novembro a 3 de dezembro de 2011, em Roma, Itália, o Setor Universidades e o Setor da Mobilidade Humana realizaram a 1ª reunião para organização do “Núcleo Estudantes Internacionais”. A reunião ocorreu na sede da CNBB, dia 30 de janeiro, com a participação da assessora do Setor Universidades, irmã Maria Eugênia Lloris; da assessora do Setor Mobilidade Humana, irmã Rosita Milesi; da irmã Claudina Scapini, Setor Mobilidade Humana e Francisco Vladimir, da Pastoral do Migrante da arquidiocese de Fortaleza e responsável pela articulação do núcleo Estudantes Internacionais.

O Núcleo Estudantes Internacionais, como projeto conjunto entre o Setor Universidades, ao qual o Núcleo está vinculado, e o setor Pastoral da Mobilidade Humana, tem o objetivo, segundo os assessore da CNBB, de contribuir na devida atenção pastoral aos estudantes internacionais, conhecendo melhor sua realidade e necessidades, promovendo o diálogo intercultural, ecumênico e inter-religioso, favorecendo a inculturação e a acolhida, para que melhor possam vivenciar a fé e os valores evangélicos, aproveitar adequadamente o período de formação e qualificação, sejam protagonistas em sua organização e na integração em políticas públicas que garantam seus direitos, em condições justas e dignas.

A reunião teve como propósitos, traçar o objetivo geral que norteará a ação do Núcleo, refletir sobre as linhas de ação a serem implementadas e pensar nas alternativas de recursos tanto humanos quanto financeiros. Foram agendadas também algumas atividades, entre o núcleo com as demais pastorais para partilhar a caminhada.

“O objetivo é e somar forças, seja no Setor Universidades, onde já está marcada uma oficina temática no Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC), em Curitiba, de 12 a 14 de outubro , seja no Setor Mobilidade Humana, com a participação na reunião da Coordenação ampliada, dias 30 e 31 de agosto”, disse a assessora do Setor Universidades, irmão Maria Eugênia.

Uma das primeiras ações é realizar um mapeamento das atividades que já ocorrem com estudantes internacionais em universidades ou nos Regionais da CNBB. Com isso, terão enfoque quais as dioceses, pastorais, movimentos e congregações religiosas que atuantes nesta área, para valorizar este trabalho, de maneira articulada em âmbito nacional.

O bispo auxiliar da arquidiocese Fortaleza (CE), dom José Luiz Ferreira Salles, irmã Maria Eugenia Lloris e Francisco Vladimir, reuniram-se para propor linhas de ação para uma organização do grupo aqui no Brasil. Dentre as principais definições está a criação de uma rede entre os estudantes e as instituições que trabalham com estudantes internacionais para a socialização, ajuda mútua, solidariedade e intercâmbio. Além desta, também foi definido o trabalho em parceria entre os dois Setores da CNBB; e a participação de Francisco Vladimir no Encontro Nacional do Setor Universidades, que aconteceu no último final de semana, 28 e 29 de janeiro, em Mariápolis (SP).

Secretario geral da CNBB percorre comunidades Guarani Kaiowa e se pronuncia nesta terça-feira


Depois de percorrer cerca de mil quilômetros e visitar comunidades Guarani Kaiowa na região sul do Mato Grosso do Sul, o secretario geral da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, se pronuncia aos jornalistas nesta terça-feira, às 15 horas, na Cúria Diocesana de Campo Grande - Rua Amando de Oliveira, 448, bairro Amambai, Campo Grande (MS).

"A situação é de desamparo e violência. Pelo constatado, a origem de todos os problemas esta na falta de andamento dos processos de demarcações de terras tradicionais e na ausência de políticas publicas'', declarou dom Leonardo em visita ao tekoha Kurusu Amba, no município de Coronel Sapucaia. O religioso verificou que os Kaiowa de Kurusu Amba sofrem ainda com o veneno jogado nas plantações de soja, que contamina a agua e o solo, bem como a falta de alimentos para a comunidade e escola para as crianças.

Tal realidade foi observada por dom Leonardo em outras duas áreas de retomadas: tekoha Laranjeira Nhanderu, município de Rio Brilhante, e tekoha Guaiviry, município de Aral Moreira. Em Laranjeira, os Guarani Kaiowa estão sob ordem de despejo, a ser nos próximos dez dias. Dom Leonardo ouviu dos indígenas que a comunidade decidiu pela permanência, pois cansou de ver indígenas morrerem nos acampamentos a margem da rodovia - local para onde devem voltar caso sejam despejados.

"A Igreja precisa olhar para nossos irmãos indígenas. Vamos nos movimentar nesse sentido, porque não e possível aceitarmos tal situação. Os indígenas precisam de suas terras para viver o próprio modo de vida e praticar sua cultura", frisou dom Leonardo. Disse ainda ser admirável que depois de tantas décadas de violência e perseguição, os Kaiowa preservem a língua e seus modos. "Em verdade, isso e o que os mantem. Então e importante nunca abandonar as danças, as praticas religiosas tradicionais".

No tekoha Guaiviry, local onde vivia o cacique Nisio Gomes, desaparecido depois de ataque de pistoleiros em 18 de novembro do ano passado, o secretario geral da CNBB visitou o lugar em que Nisio caiu baleado, percorreu o acampamento, visitou o rio e mostrou-se emocionado com a receptividade alegra das crianças, mesmo em meio a tantas dificuldades e violência. Os indígenas pediram a dom Leonardo que os ajude a recuperar o tekoha.

"Foram visitas muito bonitas, profundas. Estou convencido de que não podemos mais permitir que a conjuntura do Mato Grosso do Sul para os indígenas se mantenha. A Igreja quer contribuir. Inclusive uma das notas mais fortes que a CNBB soltou nos últimos tempos foi sobre os episódios de violência contra os indígenas", destacou dom Leonardo em visita ao Ministério Público Federal para se inteirar de mais dados e informações.

O religioso recebeu também, em Campo Grande, uma comissão de lideranças Terena, povo que mantém luta semelhante aos Guarani Kaiowa e que tem na demarcação de terras o principal entrave para a posse do território tradicional. No ano passado, um ônibus escolar Terena foi atacado com coquetéis molotov. Uma mulher morreu e diversas crianças ficaram gravemente feridas.

Com apoio da Igreja, casos de hanseníase caem 15% em um ano


O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira, 26 de janeiro, os novos números dos casos de hanseníase no país. Houve queda de 15% nos novos casos entre os anos de 2010 e 2011. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Pastoral da Criança, Pastorais Sociais e Ministério da Saúde, participa da campanha pela mobilização e conscientização sobre a hanseníase, com ações específicas de combate, identificação e tratamento da doença.

O Brasil mantém a queda na incidência da hanseníase. Entre 2010 e 2011, o coeficiente de detecção de casos novos caiu 15%. Entre menores de 15 anos, este percentual baixou 11%. Os dados preliminares mostram que, em 2011, houve 30.298 casos novos detectados, um coeficiente de 15,88 casos novos por 100 mil habitantes. Destes, 2.192 casos foram registrados em menores de 15 anos (4,77 por 100 mil habitantes). Em 2010, o coeficiente de detecção geral foi de 18,22 por 100 mil habitantes, correspondendo a 34.894 casos novos da doença no país, sendo 2.461 casos na população menor de 15 anos (5,36 por 100 mil habitantes).

Neste último domingo de janeiro, 29, foi celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. "Estas datas servem para refletirmos a situação da doença no Brasil. Entre 2010 e 2011, o coeficiente de detecção de casos novos caiu 15%. Queremos ampliar esse esforço para obter a eliminação da doença como problema de saúde pública no país", afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Dados preliminares mostram que, em 2011, 23.660 pessoas estão em tratamento.

Jarbas Barbosa lembra a importância do trabalho dos agentes comunitários da Saúde, que vão até as escolas ensinar aos adolescentes a fazerem o autoexame. "Os profissionais fazem uma triagem. Onde há crianças ou adolescentes com hanseníase, certamente há adultos também, mas o medo de ser discriminado muitas vezes torna-se barreira para procurar ajuda", explica Jarbas Barbosa. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas varia de dois a cinco anos.

Ação da Igreja

Desde o ano de 2000, a Pastoral da Criança integra a Rede Global de Eliminação da Hanseníase e mobiliza esforços nos municípios onde existem muitos casos da doença. O alerta para ficar atento à doença, no entanto, serve para todas as comunidades.

No Brasil existem muitas pessoas com hanseníase, nas diferentes faixas etárias, que podem não saber quais são os sinais da doença e que ela pode ser tratada gratuitamente e curada. A falta de informação e as lendas sobre a doença prejudicam a identificação da Hanseníase, geram preconceito e dificultam o tratamento.

Além de participar da mobilização nacional para conscientização da hanseniase (tratamento e cura, no dia 10 de outubro) a entidade também prepara materiais específicos de comunicação sobre sintomas, tratamento e meios de prevenção da doença. A estratégia da Pastoral da Criança é a soma de esforços com dioceses, paróquias, congregações religiosas como os Franciscanos e Franciscanas e outras. Os líderes da Pastoral da Criança são parceiros na luta contra a Hanseníase no Brasil e por estarem próximos das famílias, podem ajudar a reconhecer sinais da doença e orientá-las na busca de tratamento nos serviços de saúde.

Bispos do CELAM preocupados com a situação dos haitianos no Brasil


O Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) se pronunciou a respeito da situação dos imigrantes haitianos que chegam ao nosso país. Em comunicado, os bispos se declaram "preocupados" com a realidade que esses imigrantes encontram na região de fronteira no norte do Brasil.

"Há a necessidade de considerar esta nova realidade como um problema de Direitos Humanos. Queremos sugerir ao Governo brasileiro que considere a possibilidade de tornar concreta a atitude humanitária que está marcando as palavras do Governo sobre questões que interessam as relações internacionais, e que ajudaram o Brasil a ter um reconhecimento político e econômico no contexto internacional", diz um trecho da mensagem do Celam.

O Conselho Episcopal propõe um trabalho conjunto dos governos brasileiro e haitiano para frear a ação da criminalidade organizada, os chamados "coiotes", no âmbito dos movimentos migratórios.

Também o Serviço Pastoral dos Migrantes emitiu uma nota em que reafirma seu compromisso de permanecer apoiando a luta dos migrantes por dignidade e justiça, colocando-se à disposição do Estado brasileiro na elaboração e implementação de ações pelo Serviço Pastoral.

Segue a íntegra da nota do Serviço Pastoral dos Migrantes:

Haiti, um país empobrecido, destruído

Historicamente o Haiti foi expropriado pelo sistema colonial. Não obstante, foi o primeiro país da América Latina e a primeira República negra a tornar-se independente. Mas, por décadas, grandes potências sustentaram ditaduras político-econômicas e desestabilizaram quaisquer iniciativas de democratização e justiça no país, inviabilizando a promoção de um desenvolvimento socioeconômico que possibilitasse vida e trabalho dignos à população. Nesse contexto, milhares de haitianos são forçados a migrar para fugir da pobreza.

Terremoto e ajuda humanitária

Em janeiro de 2010, um terremoto devastou o Haiti. Cerca de 3,5 milhões de pessoas (1/3 da população) foram atingidas e a migração se intensificou. Após o terremoto, houve uma mobilização internacional e a Organização das Nações Unidas (ONU) indicou o Brasil para coordenar a ajuda humanitária ao Haiti auxiliando na organização da infraestrutura social. Além disso, à época, o então Presidente Lula abriu as portas do Brasil aos haitianos que desejassem reconstruir suas vidas. Compromisso este mantido pela Presidenta Dilma Rouseff.

Lentidão da ajuda humanitária, discriminação internacional?

Dois anos após o anúncio da ajuda humanitária internacional, muito pouco da infraestrutura social do Haiti foi recuperada. Curiosamente, EUA e Japão que também sofreram catástrofes, se recuperaram rápido. Isto sugere algumas questões. A lentidão da ajuda humanitária ao Haiti estaria relacionada à negritude do seu povo? Discriminação internacional? Que papel as tropas militares brasileiras tem desempenhado na reconstrução social do Haiti? Como elas estão atuando? Para além do terremoto, um problema social maior grassa desde a colônia até os dias atuais, qual seja: o empobrecimento do Haiti, a corrupção e a prática de políticas unilaterais que bloqueiam sua reconstrução social e democrática.

Intensificação da migração, clandestinidade e contrabando de pessoas

Estes são alguns dos desdobramentos do terremoto e da ineficiente ajuda humanitária. Sem documentação, os haitianos entram no Brasil sofrendo humilhações, abusos, roubos, etc. Em sua rota, passam pela República Dominicana, Panamá, Equador, Peru, até chegar a Tabatinga e Brasileia – fronteira brasileira – onde aguardam a concessão de um ‘Pedido de Visto de refugiado’. Depois, seguem para Porto Velho, Manaus e outras regiões brasileiras. Toda esta viagem custa cerca de quatro mil dólares, pagos aos “coiotes”. Ademais, a Pastoral dos Migrantes vem constatando que muitos haitianos não procedem diretamente do Haiti, mas de outros países em crises econômicas e de empregos. O Governo do Acre assiste parte desses imigrantes. No entanto, já sinalizou que não têm mais condições de fazê-lo.

Presença da Igreja e acolhida

A Igreja Católica, através das Congregações Scalabrinianas (Irmãs e Padres) e da Pastoral dos Migrantes (SPM) esforça-se para acolher esses imigrantes viabilizando-lhes casa, alimentos, remédios, cursos de língua portuguesa, cursos profissionalizantes, e, encaminhando-os para postos de trabalho em Manaus, Rondônia, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.

Restrição à migração e contradições nacionais

Constatando que imigrantes haitianos ingressam no Brasil de forma contrabandeada, o Estado brasileiro decidiu restringir as entradas a um número de 1.200 por ano. Para o governo, essa decisão inibiria os “coiotes” e controlaria a imigração haitiana. São muito importantes e necessárias as ações de combate ao contrabando de pessoas, mas, o Estado brasileiro não deixa claros os critérios para a concessão de “Vistos” e desconsidera que a restrição à imigração implica a intensificação da migração indocumentada, na violação de direitos humanos e abre caminho para a migração seletiva que prioriza profissionais qualificados. Nesse sentido, o que se percebe é uma contradição nos compromissos humanitários assumidos.

Reconstrução do Haiti, uma proposta para a ajuda internacional humanitária

As condições em que ocorre a imigração haitiana devem ser enfrentadas com firmeza pela ajuda humanitária internacional, sempre resguardando a defesa e promoção dos direitos humanos e a solidariedade. Nesse sentido, uma ação fundamental é a imediata reconstrução das organizações socioeconômicas do Haiti, criando condições para que as pessoas possam escolher MIGRAR ou FICAR em seu país.

Nesse sentido, propomos ao Governo brasileiro que:

1 – O Governo do Brasil – em visita ao Haiti, prevista para o início de fevereiro 2012 – desencadeie e coordene uma campanha internacional para a imediata reconstrução do Haiti em suas bases sociais, econômicas, culturais e ambientais, criando condições concretas para que os haitianos possam escolher entre MIGRAR ou exercer seu direito de FICAR no seu país com dignidade humana. Sem essas condições, documentadas ou não, as pessoas continuarão a migrar para fugir da pobreza e tentar reconstruir suas vidas em outros países;

2 – A ajuda humanitária internacional auxilie na organização política e social do Haiti, viabilizando a ampla participação da população em processos decisórios de forma democrática e multilateral, impedindo que políticas unilaterais – que ainda grassam no Haiti – bloqueiem a reconstrução política, social e econômica sustentável do país;

3 – O Governo do Brasil formule e implemente políticas migratórias que privilegiem o bem estar da pessoa humana em suas bases políticas, sociais, econômicas, culturais e ambientais;

4 – O Governo do Brasil seja signatário da Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias – Adotada pela Resolução 45/158, de 18 de Dezembro de 1990.

Reafirmamos nosso compromisso de permanecer apoiando a luta dos migrantes por dignidade, justiça e protagonismo político, social, econômico, cultural, religioso, ambiental, etc. Colocamo-nos à disposição de apoiar o Estado brasileiro na elaboração e implementação das ações sugeridas.

Serviço Pastoral dos MigrantesSão Paulo, Janeiro de 2012

CNBB participa de debate sobre Código Florestal no Fórum Social Temático


O cuidado com as florestas significa o cuidado com toda a humanidade e as gerações futuras. Este foi o ponto de partida da participação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB no debate sobre o Código Florestal, promovido durante o Fórum Social Mundial Temático, em Porto Alegre.

A sessão, realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul no dia 26 de janeiro, contou com a presença de representantes de organizações como o Greenpeace, a WWF e Via Campesina. Também participaram o deputado federal Ivan Valente, do PSOL/SP, e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. A CNBB foi representada pelo assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz, padre Ari Antônio dos Reis.

“O cuidado com o nosso espaço de vida tem sido uma preocupação constante da Igreja”, afirmou padre Ari, dizendo que tal posicionamento é presente nas ações pastorais e no diálogo com os grupos e entidades que tem a mesma preocupação. Ele recordou ainda ocasiões em que a Campanha da Fraternidade tratou especificamente do cuidado com o planeta, em 1979, 2004, 2007 e 2011. “Todos estes temas de reflexão encontraram espaço de diálogo na sociedade e geraram iniciativas significativas voltadas ao cuidado do nosso espaço de vida”, reforçou o assessor.

A CNBB acompanha com interesse os debates sobre o Código Florestal, e conclama para que os envolvidos promovam um debate fundado na ética e no desejo de construir um texto afeito às reais necessidades de cuidado das florestas brasileiras. “Insistimos que haja equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e de defender os grupos que sabem produzir em interação e respeito com a natureza”, afirmou Ari.

Durante a sua exposição, Padre Ari parabenizou a iniciativa das diferentes entidades da sociedade civil que se esforçam no diálogo na perspectiva de um caminho comum. “Fazemos uma experiência profunda de exercício da democracia. Certamente sairemos enriquecidos deste processo”.

A CNBB participou deste debate na condição de membro do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, do qual participam também outras 163 organizações da sociedade civil.

“Como ser um nó na rede do Setor Universidades?”, questiona a assessora da CNBB, em reunião


"Pastoral Universitária, eu acredito! Pastoral Universitária, eu participo!". O slogan criado pelos jovens da Pastoral Universitária de Salvador (BA) embalou o encontro de colaboradores do Setor Universidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado entre os dias 26 e 29 de janeiro, na casa de retiros Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista (SP). O encontro, coordenado pela assessora do Setor Universidades, irmã Maria Eugenia Lloris Aguado, foi marcado pela presença de jovens comprometidos com a ação evangelizadora no meio universitário em diferentes estados.

"Não precisamos nos reunir para pensar o que a Juventude anseia como se fosse algo externo à nossa realidade. O que precisamos fazer é refletir e partilhar o que nós queremos. Nós somos a Juventude!", instigou Leonardo Cortes Cavalcante ao fala durante um dos momentos de formação do encontro. O jovem paulista, que é um dos colaboradores do Setor Universidades, chamou a atenção dos colegas para o fato de que eles, os jovens, são os protagonistas da história e podem colaborar com o Setor Universidades olhando para si mesmos e reconhecendo seus próprios anseios e potencialidades.

"Se o Setor Universidades é uma rede, precisamos identificar que nó cada um é nessa rede", reforçou irmã Eugenia relembrando a proposta do encontro. "Não precisamos ter medo de não ter tudo pronto. O caminho é importante. O Setor Universidades está caminhando. Mas o ser humano é um pesquisador que acredita muito na experiência. Por isso a necessidade de experiência particular com Deus", destacou a irmã.

O encontro não foi só feito para os jovens, mas, sobretudo, foi um encontro feito pelos próprios jovens que ali estavam. Durante os dias de reunião todos puderam manifestar suas próprias ideias e propostas.

Entre os presentes no encontro estavam Eliana Dos Santos (Movimento Emaús - Brasília, DF), Joyce Konig (Pastoral Universitária de Salvador, BA), Fabrizio Zandonadi Catenassi (Ministério Universidades Renovadas - Londrina, PR), Francisco Vladimir (Setor Mobilidade Humana - Fortaleza, CE), Rafaela Carvello (Paróquia Universitária - Goiânia, GO), Eunice Ferreira (Paróquia Universitária - Goiânia, GO), Patricia Baruel (Movimento Focolares - Curitiba, PR), Lucas Gon (Movimento Focolares - Foz do Iguaçu, PR), Maria Glaucia Conceição Bastos (Pastoral Universitária - Salvador, BA), José Cláudio de Almeida (João Pessoa, PB), irmã Alba Mery Galvez (Pastoral Universitária PUC-Minas), padre Carlos Andre Leandro (Pastoral Universitária de Salvador, BA), professor Marcos Mucheroni (Movimento Focolares - Vargem Grande Paulista, SP), Dayane Fonte (Paróquia Universitária - Goiânia, GO).

Pastoral Familiar prepara lançamento de seu novo site


A Pastoral Familiar inicia a reestruturação de seu site. Para isto, o atual site está fora do ar temporariamente. Um novo site deve entra no ar na próxima quinta-feira, 2 de fevereiro, em caráter experimental.

Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, padre Wladimir Porreca, quem tiver alguma sugestão para melhorar o novo site, pode encaminhar uma mensagem para o seguinte e-mail: familia@cnbb.org.br

Dom Décio Sossai Zandonade completa 15 anos de episcopado


A Festa da Apresentação do Senhor, que será celebrada nesta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, terá um significado especial para a diocese de Colatina (ES), isto porque o seu bispo, dom Décio Sossai Zandonade, comemora 15 anos de Ordenação Episcopal. Uma grande missa em ação de graças irá acontecer na Catedral de Colatina, às 19h30. Na ocasião, ele também abrirá oficialmente o ano da 8ª Assembleia Diocesana de Pastoral.

A notícia de que dom Décio havia sido escolhido pelo papa João Paulo II para ser bispo o pegou de surpresa. Ele era então um padre de 54 anos que atuava em Belo Horizonte (MG). A carta do papa foi entregue pelo então arcebispo da capital mineira, cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo, em novembro de 1996. As palavras deste, na ocasião, estão ainda vivas nas memórias de dom Décio: “A graça do episcopado é maior que todos os limites. Não tenha medo”.

A ordenação episcopal aconteceu no dia 2 de fevereiro de 1997, em sua terra-natal, Venda Nova do Imigrante, região serrana do Espírito Santo. Foi o próprio dom Décio quem ajudou pessoalmente a preparar a liturgia e demais detalhes da celebração.

O lema episcopal de dom Décio, que celebrou cerca de 100 mil crismas, é “Domine ut videam”, que quer dizer “Senhor, que eu veja” (Lc 18,41). “Lembra o cego de Jericó que, percebendo a passagem de Jesus, abandonou o manto de mendigo à beira do caminho, deu um salto decidido, suplicou a cura de sua visão e, curado, prosseguiu no seguimento de Jesus”, explicou.

São Paulo prepara missa pelos 10 anos de episcopado de dom Odilo Pedro Scherer


O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, comemora, na próxima quinta-feira, 2, dez anos de ordenação episcopal. A arquidiocese de São Paulo está convidando os fieis a participar da missa de ação de graças, que será celebrada por ele na Paróquia de Sant’Ana, às 20h.

Dom Odilo Pedro Scherer nasceu em 1949, em Cerro Largo (RS). Foi ordenado sacerdote em 1976 na cidade de Quatro Pontes, diocese de Toledo (PR). Em 2001, o papa João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de São Paulo. Ainda como bispo auxiliar, dom Odilo foi secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os anos de 2003 e 2007.

Em sua ordenação episcopal em Toledo (PR), o então arcebispo primaz do Brasil, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, confessou uma particular alegria, revelando que acompanhava dom Odilo “desde o início de seu sacerdócio”. Um primo do então recém-ordenado bispo explicou que “a família foi a base para a formação religiosa de dom Odilo”.

Em 2007, dom Odilo foi nomeado 7º arcebispo de São Paulo. Quando fora nomeado bispo auxiliar, ele já havia manifestado surpresa pelo envio a uma cidade tão cheia de desafios, e revelara que vinha “com muita esperança, embora com muita simplicidade e humildade”.

Logo após a posse, dom Odilo iniciou seu ministério em São Paulo, sendo o anfitrião do papa Bento XVI, em visita ao Brasil por ocasião da Conferência de Aparecida. Menos de um ano depois da nomeação, dom Odilo foi criado cardeal.

Nota do arcebispo do Rio de Janeiro sobre o desabamento dos prédios no centro da cidade


O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, emitiu uma nota no dia 26, em que manifesta sua solidariedade e pesar a todas as pessoas, familiares e vítimas do desabamento dos três prédios, no centro da cidade, no último dia 25 de janeiro.

Segundo dom Orani, em espírito de unidade e solidariedade, “conclamo a todos que rezem pelos falecidos, pelos feridos e pelas famílias atingidas por essa dor que também é de toda a cidade do Rio”.

Leia abaixo a íntegra da mensagem do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta:

Nota do arcebispo sobre o desabamento no Centro do Rio

Juntamente com toda a comunidade arquidiocesana, manifesto a minha solidariedade e o meu pesar a todas as pessoas e familiares vítimas no desabamento dos três prédios no Centro da cidade, ocorrido na noite de quarta-feira e que resultou em mortos e feridos.

Em espírito de unidade e solidariedade, conclamo a todos que rezem pelos falecidos, pelos feridos e pelas famílias atingidas por essa dor que também é de toda a cidade do Rio.

Confiantes na misericórdia de Deus, convido parentes, amigos e autoridades para a Missa de Sétimo Dia na intenção dos falecidos, a ser realizada no próximo dia 2 de fevereiro, quinta-feira, às 10 horas, na Catedral de São Sebastião, na Avenida República do Chile.

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2012.

Dom Orani João TempestaArcebispo do Rio de Janeiro

Curso para Bispos deve começar em fevereiro


Realizado há 22 anos, o Curso para Bispos desse ano será realizado entre os dias 6 e 10 de fevereiro, no Centro de Estudos e Formação do Sumaré (RJ). Mais de 120 bispos, de diversas dioceses, estarão reunidos para debater sobre os “50 anos após o Concílio Vaticano II. Novo Dinamismo e Novas Interrogações para a Igreja”.

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, explicou que esse curso é uma forma de reflexão e partilha entre os religiosos. “A arquidiocese do Rio tem uma tradição, que vem desde a época do cardeal dom Eugênio Sales, de proporcionar, no período de férias, no início do ano, um encontro para bispos. É um trabalho que a arquidiocese faz com muita alegria e vemos que tem sido cada vez mais procurado pelos bispos”, disse.

O curso consiste em uma série de palestras com oradores de renome, visando à formação e a atualização dos bispos. Em 1990, o cardeal Josef Ratzinger, atual papa Bento XVI, foi um dos principais conferencistas. Esse ano os convidados serão o arcebispo de Kinshasa, no Congo, cardeal Laurent Monsengwo Pasinya; o secretário da Congregação para a Educação Católica, dom Jean-Louis Brugués e o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.

O cardeal Laurent Monsengwo irá ministrar uma palestra sobre a Constituição Dogmática Dei Verbum; Dom Jean-Louis, sobre a Declaração Gravissimum Educationis e o papel das Instituições Católicas de Ensino e, por fim, o cardeal Kurt Koch falará sobre o ecumenismo e o Decreto Unitatis Redentegratio.

Segundo o coordenador do Curso dos Bispos, o bispo auxiliar emérito do Rio de Janeiro, dom Karl Josef Romer, uma das finalidades do encontro é permitir que os bispos experimentem a beleza da Igreja.

“É um grande proveito para os bispos se enriquecerem durante uma semana e levarem consigo o texto para as suas dioceses onde podem refletir a mensagem junto de seus sacerdotes. Com isso também, os bispos sentem a beleza da Igreja, que está aberta para os mais profundos temas e para a problemática do mundo moderno, para a educação do mundo moderno”, afirmou. Na programação está previsto também passeios a pontos turísticos da capital fluminense, na quarta-feira, dia 8 de fevereiro.
Setores da CNBB se juntam na criação do “Núcleo Estudantes Internacionais”

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