sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Brasil está em recessão revela o índice negativo do PIB no segundo trimestre do ano

A queda do PIB do primeiro semestre decorreu principalmente da retração de 5,3% dos investimentos produtivos e da contração de 1,5% da indústria
Vicente Nunes - Correio Braziliense - Rio de Janeiro - A economia brasileira parou. O Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre do ano caiu 0,6%, mostrando que o Brasil está em recessão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta manhã de sexta-feira (29/8) também no primeiro trimestre houve queda de 0,2%. Desde 2009, o Brasil não registrava recessão econômica, ou seja, retração por dois trimestres consecutivos.
No acumulado do primeiro semestre do ano, o PIB registra alta de 0,5%. Nos últimos 12 meses, elevação de 1,4%. Em junho, o PIB calculado pelo IBGE atingiu 1,27 trilhão de reais. A agropecuária teve variação positiva de 0,2%, enquanto a indústria caiu 1,5% e os serviços recuaram 0,5%. O desempenho negativo do comércio foi de 2,2%.
A maior queda, contudo, foi dos investimentos. A Formação Bruta de Capital Fixo despencou 5,3% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2013, os investimentos tiveram uma queda 11,2%. A taxa de investimento em relação ao PIB passou de 18,1% para 16,5%.
O consumo das famílias vem numa desacelaração constante, mas ainda tem números positivos, embora muito fracos. No segundo trimestre de 2014, cresceu apenas 0,3% sobre o trimestre anterior. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, o crescimento é de 1,2%.
A queda do PIB do primeiro semestre decorreu principalmente da retração de 5,3% dos investimentos produtivos e da contração de 1,5% da indústria. Também o setor de serviços encolheu 0,5%. O resultado da economia entre abril e junho só não foi pior graças ao consumo das famílias, com ligeiro avanço de 0,3% e da agropecuária, que registrou expansão de 0,2%. Nem mesmo o governo conseguiu evitar a recessão. Os gastos diminuíram 0,7%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário