segunda-feira, 28 de maio de 2018

Segundo ABPA Abastecimento de carne de aves e suínos pode levar até 2 meses para voltar ao normal depois da greve


Milhares de frangos morreram em granjas na BA
(Foto: Divulgação/ABA)
(Karina Trevizan, G1) - O abastecimento de carne de aves e suínos pode demorar até dois meses para se normalizar depois que for encerrada a greve dos caminhoneiros. A estimativa foi divulgada neste domingo pela entidade que representa o setor, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo a associação, até agora 64 milhões de aves adultas e pintinhos já morreram. “A associação lamenta anunciar que a mortandade animal já é uma realidade devido à falta de condições minimamente aceitáveis de espaço e quantidade de ração”, disse em nota.
O número de animais que não estão recebendo alimentação suficiente por falta de ração é de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos. Com isso, há risco de canibalização entre os animais. Em várias cidades, já há relatos de dificuldades de abastecimento.
A previsão é que uma grande quantidade de animais seja sacrificada, em cumprimento às recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil.
A greve levou à suspensão das atividades em 167 unidades de produção de carne suína e de aves. O número representa mais de 234 mil trabalhadores com suas atividades interrompidas.
Além do mercado interno, há impacto ainda nas exportações de carne. Até agora, ainda de acordo com a ABPA, 100 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser exportadas. A entidade estima que o impacto seja de US$ 350 milhões.
O diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, afirmou neste domingo no Palácio do Planalto que o setor contabiliza R$ 3 bilhões em prejuízo em razão da greve, que chegou ao sétimo dia. Os caminhoneiros protestam contra o aumento no preço do diesel.
Em meio à paralisação dos caminhoneiros, mais de 1 bilhão de animais não estão recebendo ração suficiente; 64 milhões de aves já foram mortas, e mais devem ser sacrificadas por risco de canibalização, diz associação que representa o setor.

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