terça-feira, 9 de junho de 2020

Brasil e a sua tragédia: são 707.412 contaminados e 37.134 mortos.


 

Depois das desastradas investidas do governo para mudar o método de divulgação dos dados da Covid-19 em pleno auge da pandemia, Alexandre de Moraes determinou que o Ministério da Saúde volte a incluir os números acumulados nos boletins. Na decisão, o ministro do STF afirmou que o desafio da crise sanitária "não pode ser minimizado".
 A repercussão negativa também fez a pasta voltar a anunciar o balanço mais cedo, às 18 horas. Além disso, o general Eduardo Pazuello, interino da Saúde, foi convidado a dar explicações na Câmara sobre o caso. Segundo o ministério, os dados divergentes que saíram no mesmo dia teriam sido provocados por "duplicações" nas informações das secretarias. A falta de transparência deixou um clima de medo e perseguição entre os técnicos da pasta.
Enquanto isso o estado do Amazonas deverá figurar, em pouco tempo, no topo do ranking mundial da pandemia, com uma mortalidade superior à da registrada na Espanha e na Itália. Com a segunda posição no quadro de estados com maior porcentual de miseráveis no Brasil e a imensa maioria dos índios, negros e pardos abaixo da linha da pobreza, o Amazonas tem um cenário perfeito para uma tragédia sanitária, já que muitos não podem cumprir o isolamento social. Além disso, os 222 dos 463 leitos de UTI do estado reservados para casos de Covid-19 foram 100% ocupados algumas vezes desde o início do surto e o índice de mortes em domicílio aumentou 146% entre março e abril. Dados que mostram a gravidade da situação.

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