Após solicitar verba extra para compra de mais vacinas contra a covid-19, medicamentos de intubação e para o custeio de leitos, o Ministério da Saúde teve de reduzir os pedidos, após questionamentos do Ministério da Economia. A informação é do jornal Estado de São Paulo.
De acordo com a publicação, a equipe econômica cobrou mais informações antes de liberar o crédito e passou a questionar até a possibilidade de a pandemia de coronavírus "esfriar" no País. Assim, pretende repassar o dinheiro a conta-gotas, de acordo com a necessidade.
Diante disso, o governo liberou só R$ 2,7 bilhões, por meio de medida provisória (MP), valor abaixo dos R$ 15 bilhões que pedia a Saúde. Com isso, a expectativa é que a compra de kits de intubação caia pela metade. Agora, a Saúde aguarda o aval para receber outros R$ 8,5 bilhões para comprar mais vacinas.
Questionado, em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o pedido por recursos considerou a necessidade tendo em vista o “pior cenário”. “Ao invés de comprar estoque (de kit intubação) para seis meses, a pasta irá adquirir para três. Antes do fim dos três meses, o ministério realizará novas aquisições, caso seja necessário”, apontou.
Já o Ministério da Economia afirmou que o pedido da Saúde foi reajustado para as “necessidades urgentes” da pasta. A equipe de Paulo Guedes também informou que não realizou limitações nas dotações disponíveis à Saúde para a pandemia e que os recursos já liberados são suficientes para 422 milhões de doses de vacinas e incluem recursos para a produção de 100 milhões na Fiocruz, “dentre outras despesas com UTIs, medicamentos e profissionais”.
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