A Secretaria da Educação do Estado da Bahia assinou, nesta segunda-feira (4), contrato com as quatro universidades estaduais e mais duas faculdades baianas para garantir a formação inicial e continuada dos alfabetizadores, coordenadores de turma, tradutores e intérpretes de Libras do programa Todos pela Alfabetização (Topa). O contrato prevê a formação de 10.500 bolsistas, que vão atuar na quarta etapa do programa.
A escolha das instituições se deu a partir de seleção pública. Além das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), de Santa Cruz (Uesc), do Sudoeste (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb), foram contratadas a Faculdade Maria Milza Ltda (Famam) e a Sociedade Educacional da Bahia Ltda (Fainor).
”Nós achamos que é importantíssimo o envolvimento destas instituições para dar mais qualidade ao programa e também para termos controle sobre a qualidade pedagógica. Elas acompanham todo o processo de alfabetização”, afirmou o secretário Osvaldo Barreto.
Criado em 2007, dentro do programa Brasil Alfabetizado, do governo federal, o Topa atende a jovens acima de 15 anos, adultos e idosos, com a perspectiva de que a alfabetização é um direito que não prescreve com a idade.
Até o momento, o Topa já alfabetizou 751 mil baianos e tem outros 185.260 em sala de aula. Estes números fazem da Bahia o estado campeão de alfabetização do País. O programa está presente em 407 municípios, por meio de parceria com 358 prefeituras e 675 entidades dos movimentos sociais e sindicais. A meta é alfabetizar mais 1 milhão de estudantes até 2014.
Qualidade pedagógica - O contrato assinado com as instituições é para garantir a qualidade pedagógica do programa. “O Topa tem como condição essencial a formação desses educadores. Sua metodologia é própria e a formação trabalha com as concepções e os princípios do programa, visando a implementação de uma política de educação de jovens e adultos na Bahia”, explicou a coordenadora do Topa, Elenir Alves.
Ainda segundo a coordenadora, para isso é fundamental a parceria com as universidades. “Sem a colaboração das universidades não conseguiríamos fazer o programa”. A formação tem carga horária de 60 horas, sendo 40 iniciais e 20 durante o processo de alfabetização, no intuito de diagnosticar como está o processo de ensino e de aprendizagem dos alfabetizandos.
As instituições colaboram com a coordenação do Topa no acompanhamento das turmas, por meio de visitas pedagógicas. As universidades também são responsáveis pela aplicação dos testes cognitivos de entrada e saída dos alfabetizandos, instrumentos fundamentais para diagnosticar o aprendizado que tiveram ao longo do programa.
Além disso, a coordenação do Topa realiza reuniões sistemáticas de avaliação das ações das instituições parceira. Para a quarta etapa foi realizado um planejamento da formação junto com as universidades. “A cada etapa vamos observando novos aspectos que precisam ser potencializados e outros que necessitam ser reavaliados, no sentido de melhorar o programa cada vez mais”, enfatizou Elenir Alves.
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