sexta-feira, 16 de maio de 2014

Manifestantes protestam contra os gastos da Copa do Mundo e entram em confronto com a PM


Após um dia de jornada de manifestações em vários pontos de São Paulo, manifestantes se reuniram no início da noite desta quinta-feira (15) para protestar contra a Copa do Mundo. O protesto estava tranquilo até que manifestantes e policiais entraram em choque na Avenida Paulista. Segundo reportagem de ÉPOCA, presente no local, não está claro como o confronto começou.

O Batalhão de Choque foi enviado para o local, onde armou barricadas no cruzamento com a rua da Consolação. Lá houve um início de confronto com disparos de gás lacrimogêneo. Após a dispersão da multidão, a polícia se encaminhou sentido avenida Dr. Arnaldo. Durante o ato, manifestantes criticaram os policiais, chamando-os de "vândalos".
Um grupo de manifestantes aproveitou a situação para depredar uma concessionária na rua da Consolação e queimar lixo na região. Uma agência bancária da região também foi atacada. A polícia usou bombas de efeito moral e dispersou a multidão. Segundo a PM, cerca de 1500 pessoas participaram do ato.
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A Polícia Militar anunciou ter detido 20 pessoas que estariam portando coquetéis-molotovs e martelos na Rua Augusta, no centro da capital. Segundo os policiais, os detidos fazem parte do movimento Black Bloc. O local para onde eles foram encaminhados não foi divulgado.
Dia de manifestações

Durante todo o dia, diversos grupos e movimentos sociais fizeram manifestações em São Paulo. Foram nove protestos, em diferentes pontos da cidade. Manifestantes bloquearam as marginais Tietê e Pinheiros e algumas faixas da Paulista, por pouco tempo. Também houve protesto nos arredores da Arena Corinthians, em Itaquera, palco da abertura da Copa do Mundo.
Os atos foram organizados por grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Força Sindical, professores e o sindicato que representa funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
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Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 4 mil pessoas participaram dos atos durante o dia.
Desde as 17h, manifestantes se reuniram na Praça do Ciclista na Avenida Paulista. O ato começou tímido e tranquilo, muitas entidades representadas e baterias gritando palavras de ordem. Dezenas de policiais acompanhavam o ato pacificamente. Até às 18h, somente um pequeno grupo de Black Blocs mascarados queimava bandeiras nacionais.
O geógrafo norte-americano Nate Millinston, de 30 anos, acompanhava o ato na Paulista para acompanhar o ponto de vista brasileiro. Millinston afirmou que o protesto é válido, mas está atrasado. “Foi tarde demais, não dá para mudar o jeito que a Copa vai se desenvolver.”
Governo
O ministro da secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira que os protestos que ocorrem em diversas cidades não assustam o governo. Segundo ele, as manifestações são democráticas desde que os manifestantes não recorram a atos de violência, e os atos têm apresentado demandas sem relação direta com a Copa do Mundo.
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Os protestos, ressaltou Carvalho, buscam “muito mais se aproveitar da oportunidade e apresentar reivindicações que são legítimas, são naturais, mas que pouco têm a ver com a Copa”. A opinião lembra a do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.

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